Se passaram 2 semanas desde de que nosso "quase casal" conversavam.
Miguel estava tão encantado com Carolina, que resolveu ficar mais alguns dias no país e ela por sua vez também estava fascinada com ele.
Ele encontrou nela coisas das quais ele até havia esquecido que existiam; A simplicidade da boa conversa, o compartilhamento do dia a dia, das pequenas coisas, e sobre tudo sua paixão pela poesia, e sua mais nova paixão pela música brasileira.
Ficavam por horas conversando em longas chamadas telefônicas até que muita vezes um dos dois acabava dormindo, mas a necessidade do contato físico já alcançava seu limite máximo e exigia um encontro.
_ Acho que vou dormir, tô morta! — Dizia ela em mais uma chamada e, ao mesmo tempo, não querendo encerrar, porque algo mais poderoso que essa boa conversa entre eles, era á poderosa voz de Miguel. Sim, aquela voz grave, a fazia imaginar como era aquele homem pessoalmente." Esse homem não sabe o poder que essa voz tem sobre mim" — Pensava ela enquanto deitava na cama.
_ Você tá aí ainda ou já dormiu? Carol? — Chamava triste ao imaginar que sua bela já havia apagado quando, na verdade, ela estava ali ainda, mas com "outros" pensamentos causados por aquela voz.
Carolina finalmente voltou a si:
_ Desculpa, Miguel! Eu me distrai com outra coisa. — Disse ela quase sem graça e ruborizada ao pensar nas coisas que aquela voz lhe causavam.
_ Ah, sim! Devo está sendo bem chato mesmo. Vou desligar e deixar você dormir, então! — Já quase desligando o telefone e um pouco chateado por pensa que estava sendo deixado de lado. Homens, né?
_ Miguel, espera! Não é isso. É que sua voz me faz viajar para outro lugar. — Disse com um fio de coragem que apareceu do nada.
Ele riu baixo, e sentando a borda da cama suspirou, um suspiro gostoso, e profundo que a deixou "viajando" ainda mais, e em mais um momento de coragem e com olhos fechados de forma calma disse:
_ Eu quero te ver, quer dizer, te conhecer pessoalmente. Não posso mais falar somente ao telefone. — No mesmo instante enfiou sua cabeça ao travesseiro como se fosse uma avestruz procurando um buraco para se esconder.
Ele apenas respondeu surpreso:
_ Amanhã. Que tal? Eu não quero ir embora sem te conhecer. — Tomou seu último gole de uísque e caminhou até a janela admirando mais uma vez á paisagem da praia de Copacabana.
A belíssima e agora poética Copacabana tinha outro sentido para ele, e o faziam querer acabar com aquela solidão de uma vez.Ele agora queria algo nem que fosse por uma noite e gostaria que fosse com alguém que valesse á pena, para ele o sexo era um conjunto e não um mecanismo, um conjunto de inteligência, atração química, bom humor e muita sedução e Carolina se encaixava perfeitamente nisso. Mesmo que ela não fosse atraente ele estava disposto a ir ao fundo dessa "atração", bem "fundo" — pensava ele, e deu uma pequena risada, (homens, né mulheres?)
_ Miguel? Migueel? — Agora era Carolina que o chamava carinhosamente ao mesmo tempo, um pouco nervosa pela forma direta dele e andava de um lado para o outro devagar.
_ Perdon, preciosa! Me perdi em meus pensamentos. — E que pensamentos, pensava ele enquanto desapertava o último botão de sua camiseta branca de linho. Deixando um pouco o peito descoberto...
Os dois continuaram em silêncio, um silêncio que seria facilmente cortando com uma faca! Um aguardando a resposta do outro, e com o medo de ser indelicado ou apressado demais.
_ Sim, amanhã! — Respondem os dois no mesmo instante e quando percebem riem juntos.
_ Saiba que minha amiga vai me monitorar á noite inteira, e me ligar umas 500 vezes para saber se você não vai me sequestrar, roubar meus órgãos, ou me traficar — Disse Carolina de forma desesperada.
Ele ri alto, e se joga na cama.
_ Se fosse para te sequestrar seria para não deixar você voltar nunca mais, mulher!
Eu enfrentaria sua amiga por isso. Mas prometo me comportar, sim? — Completou de forma sedutora, e pode sentir a respirada profunda de Carolina do outro lado da linha, e riu de canto._ Entonces muy bien. Como te reconhecerei?
Miguel se levanta pensativo, e vê uma das tantas flores que decoram á suíte presidencial que ele ocupava.
_ Una rosa! Estarei com uma rosa-branca, sei que são às suas preferidas. — diz ele cheirando levemente a flor.
_ Você lembrou disso? — Questiona uma Carolina extremamente emocionada, ao mesmo tempo, se recriminando e dizendo para si própria "segurar a onda".
_ Não esqueci de nenhum dos teus gostos, mulher! — E como ele queria conhecer seus gostos, todos os" gostos".
_ Às 20:00 então, amanhã eu te mando a localização. Vou dormir, boa noite!
Tentou parecer seca ao desligar o telefone porque era afinal só um, cara, dizia ela, afinal ele iria embora para outro país. Nada de se apaixonar! É só para 'sentar' como dizia sua amiga Amanda!
Ela riu e foi dormir sonhando com o sucesso ou fracasso desse encontro.
Do outro lado da cidade, alguém não conseguia dormir. De repente aquela suíte havia se tornando grande demais para ele, sobrava espaço e não havia com quem compartilhar. Ele caminhou até á janela e abriu seus braços se apoiando nela e pensando por alguns segundos.
Sentou- se na beira da janela rindo de si mesmo por está parecendo um adolescente nervoso para um 1° encontro.
Ele caminhou até seu celular e colocou uma música, na esperança de se distrair um pouco, mas enquanto olhava a rosa-branca que havia deixado na cama e se deixou levar...
Marina De La Riva
Sonho meuSonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe
Sonho meuVai mostrar essa saudade
Sonho meu
Com a sua liberdade
Sonho meu
No meu céu a estrela guia se perdeu
A madrugada fria só me traz melancolia
Sonho meuSinto o canto da noite
Na boca do vento
Fazer a dança das flores
No meu pensamentoTraz a pureza de um samba
Sentido, marcado de mágoas de amor
Um samba que mexe o corpo da gente
E o vento vadio embalando a florTraz a pureza de um samba
Sentido, marcado de magoas de amor
Um samba que mexe o corpo da gente
E o vento vadio embalando a flor
Sonho meuSonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe
Sonho meuSonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe
Sonho meuVai mostrar esta saudade
Com a sua liberdade
No meu céu a estrela guia se perdeu
A madrugada fria só me traz melancolia
Sonho meu "E ele se perdeu em uma simples canção. Essa mesma canção havia sido enviada por ela em uma de suas longas conversas. E principalmente pelo poema a parte que estava na música e que ela tanto gostava.
[Inserção de Poema: Cultivo Una Rosa Blanca por José Martí]
Cultivo una rosa blanca
En junio como enero
Para el amigo sincero
Que me da su mano francaY para el cruel que me arranca
El corazón con que vivo
Cardo ni ortiga cultivo
Cultivo la rosa blanca_ Carolina! Ah, Carol! Me estás volviendo loco, mujer — Foi seu último pensamento e adormeceu.
Estão gostando? Comentem, e deixem seu voto. Obrigada por lerem!
Desculpem os erros gramaticais.
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As Cores Do Amor
RomanceUm simples aplicativo pode unir duas pessoas tão diferentes? Um empresário mexicano de classe média alta resolve entrar em um aplicativo de relacionamento enquanto está de viagem pelo Brasil e encontra uma brasileira que vai mudar seu destino pra s...