Dylan narrando...
- Ah filho! - minha mãe diz com a voz mais cínica que podemos imaginar.
Cá estou eu, me preparando para o meu casamento!
Ainda com a ressaca de ontem, tentaram me encher de tequila, porém consegui me esquivar algumas vezes. Ainda tinha uma meta para aquela noite.
Depois de assistir "obrigado" pelos caras, ver as strippers mais siliconadas e nuas possíveis, não conseguia tirar minha Lavínia da mente.
Zayn espalhou chantilly em uma das garotas, e me forçou a passar a língua em um dos seios da moça.
Acho que para mim isso já era demais, não estava afim de ficar com a consciência pesada logo nessa manhã.
Porém não adiantou de nada, apenas isso foi o suficiente para me deixar tenso. Zayn filho da puta!
- Oi mãe. - digo sereno ao ajeitar minha gravata branca em meu pescoço.
Optei por usar um terno branco com um colete creme, meus cabelos arrumados para trás, e o perfume que usei da primeira vez que fiz amor com minha pequena.
Fixo me perguntando se ela irá notar isso...
- Oras! Cadê a animação garoto?! - se coloca na minha frente, dou um sorriso forçado para que a mesma me deixe em paz.
- Dylan Miller D'black! - odeio quando ela me chama pelo nome todo!
- Mãe não come...
- Você está assim por minha presença? - cruza os braços me encarando nos olhos.
- Hm... Talvez. - dou de ombros, ela ri irônica me encarando com seus olhos de monstro do lago ness!
- Eu sou a sua mãe, não carrego desaforo de ninguém. Nem mesmo admitiria de você! - aponta para mim, respiro fundo revirando os olhos.
Por que ela sempre tem que estragar tudo?
- Hoje é o seu casamento! Pode parecer que não, mas eu estou muito orgulhosa de você, assim como o seu pai também! - diz me olhando nos olhos.
Quero tanto acreditar que você mudou...
- Então acredite. Estou falando com a maior sinceridade da vida. - diz, encaro seus olhos a procura de algum vestígio de mentira.
Mas não há nada... Apenas, insegurança...
- Mãe... Podemos conversar depois? Eu não quero passar esse dia assim com a senhora. - a olho, a mesma assente inquieta.
Eu ainda não consigo aceitar tudo o que houve no passado, me sentia tão vazio, e quando precisei de um deles, eles não estavam...
Era sempre por dinheiro, casas, carros, reputação...
Me doía ver as outras crianças e adolescentes tendo pais protetores, que se preocupavam com a saúde mental dos seus filhos.
Eu nunca tive isso! E tenho medo de não passar a verdadeira segurança aos meus herdeiros...
- Eu só quero que saiba que eu me arrependo, muito mesmo pelo o que fiz com você, meu filho. - diz segurando minha mão - Espero que algum dia perdoe a mim ao seu pai...
- Já estão perdoados mãe... Está tudo bem... - respiro fundo lhe dando o beijo na testa e a abraçando logo em seguida - Sei que não demonstro carinho a você, mas eu amo ambos, e a minha garota brava também...
Ela ri ao lembrar do apelido que dei a Karol desde quando éramos pequenos.
Falando na mesma!
- Deus!!! Laví está uma deusa grega irmão!!! - entra no quarto fazendo um escândalo, dou risada sendo atingido por seu abraço.