Lavínia narrando...
1 Mês depois...
- Vovó?! - pergunto a encontrando em um campo, vestido em um vestido branco
- Pixuquinha! - sua voz aveludada fez com que uma lágrima caísse dos meus olhos.
- O que está acontecendo? Aonde eu estou e... Que saudade da senhora... - cordo até a mesma a abraçando, inalo seu aroma de algodão doce.
- Você está temporariamente no paraíso. Mas ainda não é a sua hora... - beija minha testa como sempre fazia quando criança.
- Como assim vovó?! Eu... Faleci?
- Infelizmente meu anjo... Mas agora você tem que voltar, uma nova vida te espera! - ri de maneira fofa.
- O que...?
- Eu amo você pixuquinha... Fique bem! - sorri meiga.
- Espera vovó!! - grito sentindo tudo escurecer.
- Vovó!! - grito alto.
Sinto todo meu corpo doer, algo está diferente comigo...
Solto um gemido frustrado ao ver o quanto a luz do local aonde estou está forte.
- Han... O que é isso?! - analiso minha pele extremamente pálida.
Minha garganta começa a coçar, eu estou com tanta sede!!
Estou no nosso quarto, mas cadê ele??
Me levanto da cama para andar mas escuto um som estranho.
Respiração, uma respiração forte e profunda...
Sangue, muito cheiro de sangue... Oh que Deus! Que sede é essa?!
Vou ao banheiro rapidamente, jogo água no meu rosto e me encaro no espelho.
O que tem de errado comigo??
- Que diabos??? - meus cabelos estão mais pretos do que o normal.
Minha pele está limpinha, sem nenhum cravo e linha de expressão.
- Oh céus ela acordou??! - uma voz chama do quarto.
Ela está mais alta que o normal...
Observo Natália me olhar atômica, sua expressão assustada.
Analiso o sangue correr rapidamente por suas veias, seu cheiro está impregnado.
- O que está acontecendo comigo?? - pergunto me arrepiando.
Sem conseguir me controlar corro em sua direção, acabo escorregando e caindo antes de alcança-la. A garota sai correndo gritando por socorro.
Como eu corri tão rápido assim?!
- Pequena?!?! - Dylan!
- Amor!! - me levanto mais rápido do que cai.
- Caralho, você está... - me fita boquiaberto.
- O que tem comigo??! - pergunto corando.
- Você precisa...
Um cheiro adocicado me fez delirar.
- Sede... Estou com muita sede... - sussurro.
Algo acontece em meus olhos, meus dentes caninos começam a doer sem parar.
- Aaah!! Faz isso parar Dylan!! - grito me jogando no chão.
- Merda! - me pega no colo, com sua velocidade anormal me coloca na cama.