Atenção!!
No capítulo de hoje teremos de ter um conteúdo um pouco frágil (assédio, tentativa de estupro). Se esse assunto te desconforta, favor não ler o capítulo. Obrigada.
Dylan narrando...
1 mês depois...
Sexta-feira, 16:27h da tarde.
- Já chega dessa merda por hoje. - Zayn puxa o copo de whisky da minha mão.
- Quantas vezes terei que dizer para não se intrometer na minha vida?! - pergunto irritado.
Minha rotina durante esses dias tem sido do trabalho para casa, de casa para o trabalho.
Nunca estive tão focado o quanto estou agora. Passo a maioria do meu tempo dentro dessa sala, resolvendo todos os problemas dessa empresa.
Vejo ela...
De vez em nunca, a duas semanas ela voltou a trabalhar aqui. Só ficamos alguns minutos perto um do outro, durante uma reunião.
Lavínia não me olhou nos olhos nem por 2 segundos, a mesma sempre desviava seu olhar e nem se dirigia a mim.
Não trocamos nenhuma palavra um com o outro, nem ficamos a mais de 5 metros perto.
Ela me evita de qualquer maneira, quando é para entregar algo, ela pede para que Tália venha em seu lugar.
Isso me magoa profundamente...
Doi dormir todas as noites nem sua companhia, seu sem corpo grudado ao meu, e nem sua voz sonolenta me acordando com seu "bom dia meu amor!".
- Você está acabando com seu fígado! - fala o moreno a minha frente.
- E de que adianta? Não vou morrer por isso mesmo. - digo sarcástico.
- Quer saber?! Vou voltar ao trabalho, você está cada vez mais insuportável. - resmunga fechando a porta bruscamente.
Reviro os olhos e bufo em frustração.
Se ela realmente me amar, vai me aceitar do jeito que sou.
Sei que lhe disse que não iria interferir em sua decisão, por mais que ela doa muito...
Lavínia narrando...
19:26h da noite.
Esses dias distantes de Dylan vem sido os piores!
Sinto tanto sua falta, todas as noites me desmancho em lágrimas, querendo que tudo isso fosse diferente...
Mas não estou preparada para enfrentar por isso...
É tudo assustadoramente confuso, pode até ser que ele não me machucaria, mas penso nas outras pessoas também.
Naquele dia eu decidi que precisávamos de um tempo, mesmo eu querendo me jogar em seus braços e esquecesse isso.
Mas não é assim que funciona, infelizmente...
Olho ao redor e vejo que a noite já se instala no céu de Londres.
Observo meu relógio, e novamente vejo que passei do meu horário.
Não me sinto confortável pegando um Uber agora, e não tem nenhum ponto de ônibus por perto.
A não ser a algumas quadras da empresa...
