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Ana narrando

Ana - Já falei pra me soltar Filipe que você tá me machucando. - Falei olhando pro meu braço, sentindo ele apertar mais e mais, sabia que aquilo ia ficar roxo.

Ret - Responde - Falou entre os dentes e com aquele olhar de psicopata dele Que sempre me passava um arrepiu de medo

Ana - eu fiz o que ? Já falei que eu não fiz nada, que o Gustavo atendeu porque esqueci o celular na cozinha carregando e fui pro quarto depois de fazer o almoço deitei e dormi, inclusive de porta fechada.

Ret - E porque caralho você tava lá ? Porque não ficou aqui ? Porque lá sozinha com ele?

Ana - ele chegou de surpresa, e eu já tava lá, eu não achei que fosse necessário sair, nem imaginei que ele fosse fazer isso.

Ret - Ele encostou em você ? Isso o que ? Vocês transaram ? - olhei ele sem acreditar - Me fala Anna Patrícia estrella ? - olhei pra ele muito brava, só ele me chamava assim e a última vez foi antes de ir embora

Ana - Olha Filipe, eu posso falar mil e uma coisas aqui pra você, você já tá com todas as respostas na sua cabeça, confirmadas e impressas. Acredita mesmo em tudo que ele falou, eu não vou ficar aqui tentando me justificar pra um palhaço que o que mais merecia mesmo era um chifre - Nessa hora ele surtou e levantou a mão pra mim - BATE FILIPE, FAZ LOGO O QUE VOCÊ TANTO QUER FAZER - falei me levantando e ele socou a parede atrás de mim com muita força e vi o sangue escorrendo na mao dele, olhei vendo que ele tinha socado um quadro nosso que tinha ali

Ret - Eu devia ter feito com você desde o começo o que fiz com as outras, pra você aprender me respeita e vê o que é ser mulher de bandido, que você ainda não sabe sua vagabunda. Se tá aí arrumando desculpinha é porque você fez piranha do caralho - Falou quebrando o espelho do guarda roupa   com mais um soco com a mão cheia de Sangue e veio até mim, pegando no meu braço e deixando escorrer sangue ali - Eu devia te moer na porrada, eu devia te quebrar todinha, é isso que você merece sua desgraçada, morrer, eu devia matar você, mais sua hora vai chegar Ana, eu não vou te bater só por causa do meu filho.

Ana - Não passa vontade Filipe, bate - fui mais perto dele - mostra de uma vez o monstro que você se tornou - Senti ele apertar meu braço e gemi de dor - Se você não me soltar agora e sumir daqui, você nunca mais vai ouvir falar nem de mim e nem do meu filho, nunca mais - ele me largou e veio chegando perto de mim até me grudar na parede.

Ret - Se você pelo menos sonhar em sumir desse morro com meu filho, eu vou desconsiderar tudo e mato você, eu mato você com minhas próprias mãos e te dou prós cachorros comerem, cê tá me ouvindo ? - ele falava umas coisas no meio de outras, ele tá loucão de droga, o cheiro, o jeito dele entrega tudo.

Ana - Eu odeio você Filipe, eu tenho nojo de você, maldita hora que me apaixonei por você seu desgraçado. Eu não quero te ver nunca mais. Nem ter voce por perto.

Ret - Cê tá terminando comigo ? - Falou rindo igual doido

Ana - Tou, eu não quero mais nada com você, segue sua vida, come suas putas, não vou impedir de você saber sobre o seu filho jamais, quando quiser liga, mais não quero você perto de mim, nem agora, nem nunca mais - Quando falei parece que ele acordou de um transe - Sai Filipe por favor - Falei chorando e limpando todas as lágrimas que insistia em cair.

Ret - Ana me desc... - interrompi ele na hora

Ana - Não Filipe, sai - Falei empurrando ele que colou em mim denovo - segue sua vida, da melhor forma que você quiser. Só me deixa em paz só isso.

Ret - A gente não vai terminar não, para de história - Falou colando nossas testas e super calmo

Ana - eu não vou viver um relacionamento sem confiança, e já vi que esse nosso lance não vai pra frente não. Segue sua vida e me esquece - falei sem olhar pra ele, sabia que se olhasse ia chorar e eu não podia ser fraca agora. - Filipe - Ele me deu um selinho e vi as lágrimas dele escorrendo

Ret - Não faz isso preta, eu te amo - Falou e eu olhei aquela cara dele, bipolar demais, tava agora quase me batendo.

Ana - Acabou Filipe, eu não tou brincando não, vai cuidar da sua mão - Falei empurrando ele e desci as escadas com ele me seguindo - vai - Falei e virei as costas. Eu não conseguia vê ele sair

Ret - Ana olha pra mim - falou e eu senti as lágrimas vindo

Ana - CARALHO FILIPE, SAI - falei gritando e ele saiu batendo a porta com toda força, ouvi o barulho de moto, sentei ali no sofá e chorei muito. Se ele tivesse me batido talvez estivesse doendo menos do que está agora, eu não posso continuar com isso. Eu não queria, ouvir tudo que ele me falou. Ele só veio aqui confirmar tudo. Todas as coisas. Na cabeça dele já tava tudo confirmado, eu deitei ali no sofá, e passei a noite ali chorando, senti o meu filho um pouco agitado pela primeira vez e me assustei, comecei respirar fundo e controlar meu choro.


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Ret narrando

Ela terminou comigo ? Eu não quero acreditar no que eu ouvi, a Ana terminou comigo. Subi na moto e fui direto pra boca. Me tranquei lá e usei vários tipos de drogas. Eu queria de alguma forma tirar ela da minha cabeça. De qualquer jeito. Amanheci ali e logo vi os moleque entrando

015 - Caralhoo tá maluco porra ? - Falou me chacolhando que já não conseguia nem me movimentar e derrubando tudo da mesa

MG - Ret ? Que que tu fez moleque, porra - Falou me puxando - postinho caralho, ele tá tendo uma overdose porra

015 -vou pegar o carro, vai saindo - falou alto e foi correndo

MG - Porra Ret, cê tá maluco pow, tinha parado com esses bagulho a tanto tempo, que que houve, me fala - Falou enquanto segurava o meu rosto e eu não conseguia expressar nada, só vi tudo rodar e ficar apagado depois disso não lembro bem senti mais nada ...

RECOMEÇO NA FAVELAOnde histórias criam vida. Descubra agora