A História Da História - Agradecimento

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Eu quero contar uma história para vocês, mas será curta, eu prometo!

Vamos lá:

Era uma vez em um reino tão , tão , tão distante... (não, estou brincando kkkk)

Agora é sério:

Um certo dia uma garota percebeu que havia algo de errado com aquilo que ela mais amava fazer: Escrever. Pois por mais que ela soubesse o que se precisava colocar no papel, ainda assim, não fluía do jeito que precisava ser.

Ela tinha uma boa história, bons personagens, um enredo verdadeiramente atraente, contudo, faltava algo.

Então ela mudou a narração, trocou cenas, leu mais outros livros, buscou inspiração e ajustou uma penca de coisas.
Mas, novamente, não era aquilo que ela queria. Estava faltando algo. E ela nunca daria ao mundo algo que não lhe tocasse a alma. Tinha que ter sentimento.

O problema era que ela estava ficando sem tempo.
Ela já tinha espalhado como seria a próxima história para as pessoas mais próximas, já havia mostrado um pouco até.
Mas... Sem chance! Não ia rolar.

Foi então que no auge de sua frustração como autora, resolveu que daria um jeito. Mesmo que precisasse reescrever do começo, mudando tudo o que já tinha pronto.
Entretanto, já era tarde da noite, então acabou indo dormir para espairecer a mente e começar no dia seguinte.

E foi aí que algo aconteceu.

Era uma virada de domingo para segunda. Sua última semana para colocar a história de vez ou parar de escrever por uns dias até que pudesse organizar a própria mente.
Não tinha outra opção.

Porém naquela noite de domingo uma coisa engraçada aconteceu.

Ela foi dormir com um incômodo chato na alma.
Sentia-se muito frustrada e cansada. Um cansaço mental e corporal imenso. Havia sido uma semana tumultuada em vários sentidos em sua vida.

Mas assim que adormeceu, como que por mágica, ela se viu em um lugar onde nunca esteve antes. Uma cidade, na verdade. Era relativamente pequena, chovia um pouco, as nuvens no céu eram acinzentadas e o ar estava gelado.

Contudo, não se atraveu a parar de andar.

Caminhou por alguns metros até se deparar com um garotinho que nem devia ter seis anos de idade. Era pequenino demais! E belo. Muito belo!

Ele tinha uns olhões negros, pele clara, cabelos escuros como a noite e bracinhos e perninhas rochonchudas. Dava vontade de colocar no braço e apertar.

O garotinho trajava um calção cinza e uma camiseta azul com cinza. O que era engraçado, porque diante daquele frio, a menina não sabia como ele não estava congelando.

Mas destá!

O menininho com suas sandálias de dedinho foi até ela. Ele a saudou com um sorriso de dentes minúsculos e branquinhos, então a tomou pela mão, arrastando-a pela rua de paralelepípedos.

E como falava esse menino!

Uma matraca ambulante!

Por onde passava ia contando sobre a vida das pessoas que moravam ali. E a menina se divertia com as expressões que ele usava e desejava anotar tudo.
O menino lhe contou sobre a cidade, sobre o tempo chuvoso, sobre os carros parados por ali que tinham os vidros úmidos por causa do mal tempo.

Enfim, tudo.

E ela mal havia se dado conta de onde estava até que se deparou com um grande shopping. Era enorme! Estava cheio de gente, tinha cheiro de pipoca no ar e a menina sentiu fome de imediato. Mas não havia tempo pra comer.
Eles tinham uma missão!

A Marca dos AnjosOnde histórias criam vida. Descubra agora