Ana narrando- eu me senti suja, covarde, inútil e fraca eu permiti que o Rodrigo me batesse , ele me me xingou e ofendeu cruelmente um bebê que se quer veio ao mundo e já está sendo julgado pela cor da pele, ele ofendeu o homem que é mil vezes melhor que ele, eu não fiz nada, como se eu fosse a culpada, como se ele estivesse certo, eu me calei.
Depois de horas chorando, tive coragem de levantar e tomar uma água, más acabei vomitando tudo, tomei um banho , e chorei de novo, tenho que encontrar em mim a mulher forte que sobreviveu a coisas horríveis e saiu vencedora, eu não sou culpada eu me entreguei e foi maravilhoso, o neguim é maravilhoso, essa gravidez é uma consequência de um dos melhores momentos da minha vida, que eu me senti amada , más eu não consigo lidar com isso sozinha de novo.
Já estava amanhecendo, o vôo para o Rio sai em algumas horas, arrumei minhas coisas as coisas da Duda, liguei para a Bella, estava na cozinha fazendo o leite da Duda quando meu celular tocou, um número desconhecido atendi coloquei no viva voz.
📞Ana- oi!
Xxx- Aninha!
É a minha mãe, a muito tempo eu não ouvia a voz dela, não respondi.
Marta- fala comigo Ana, você tá bem? o Rodrigo veio aqui bêbado falou que você tá grávida, que te bateu, é verdade?
Continuei calada, não consegui se quer desligar o telefone.
Marta- eu errei Ana, e você não sabe como eu me arrependo disso todos os dias, você não sabe quanto sinto falta de você, se ele tiver tocado em você eu vou matar ele , me responde Ana.
Desliguei, se ele foi na casa dela e ela abriu ela não está tão arrependida assim, ela não é minha mãe eu não tenho mãe! Más eu queria ter, eu queria poder correr para o colo dela e só deitar e me sentir segura como me senti um dia.
Sai de casa e fui para o aeroporto, no caminho passei na delegacia, denunciei as agressões e o racismo, pedi uma medida protetiva que para minha surpresa só sai em 48 horas, mesmo sofrendo ameaças, sendo que ele pode me matar em menos de 48 segundos.
Cheguei no aeroporto e meu celular começou a tocar desesperadamente, Amélia, Rodrigo, os irmãos dele, o porteiro do prédio, a polícia deve ter feito seu trabalho, desliguei o telefone, entrei no avião, olhando para o céu eu sorri ao pensar no Neguim, senti medo também e se ele não tiver mais afim? se tiver com outra, lindo e gostoso do jeito que é não é difícil.
Cheguei no Rio, óculos escuros para tampar o olho roxo, a Bella estava me esperando com a Mica, abracei elas e seguimos para o morro.
Bella- você não vai tirar esses óculos?
Fiquei sem graça, com vergonha, mas tirei.
Bella- o quê? Foi aquele imbecil né Ana?
Ana- foi depois eu te explico ! Você tem como falar com o Neguim, pedir para ele ir até o morro.
Bella- claro!
Ana- más não fala que eu tô aqui.
Bella- tá bom! Mas você tá bem?
Ela me abraçou e eu desabei a chorar, a Micaela pegou a Duda e levou para brincar. Eu estava sentindo falta de um abraço , um ombro para chorar, o Samuel entrou correndo.
Samuel- fiquei sabendo que a Ana banana chegou!
Olhei para ele.
Samuel- o que foi isso? Foi aquele merda do pai da Duda né? Já vi que tenho que voltar é pro crime.
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Cárcere não Privado
General FictionMicaela uma jovem de 25 anos casada com Guilherme, um homem extremamente ciumento e possessivo, casados a cinco anos os dois vivem uma vida comum em Goiânia , Micaela é pedagoga , más por ciumes o marido não deixa ela exercer o que sempre sonhou, e...