A volta do diabo

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Micaela narrando- no meio do tiroteio, perco a Bella de vista, fico desesperada, fui empurrada por um vapor que passou correndo, acabei caindo da escadaria e quebrei, ou torci o tornozelo, só sei que a dor é insuportável, tento subir a escadaria novamente más não consigo. Depois de me arrastar por alguns metros, na certeza de que se eu continuar assim , sem conseguir  andar vou acabar sendo baleada, resolvi me esconder na creche,  entro com muita dificuldade, más por sorte alguns funcionários também se escondem por aqui,  passando pelo portão de entrada da creche sinto  mãos pesadas me puxar e me arrastar, gritode dor, sem ao menos conseguir olhar para ver quem é.

Guilherme- olha só se não é o destino.

A voz me fez  arrepiar inteira de medo, ele virou minha cabeça com força para que eu olhasse para ele, apontou o fuzil em direção aos funcionários da creche, mandando eles voltarem para dentro da creche.

Guilherme- saudades amor?

Não tem uma parte sequer  do meu corpo que não esteja tremendo, ele está um pouco diferente, barba cheia, cabelo cortado baixo, no pescoço correntes de ouro, nos braços pulseira e relógios, tatuagens, bermuda, tênis, camiseta, está mais musculoso, um fuzil pendurado, um colete a prova de balas,más continua o mesmo homem cruel, o mesmo Guilherme de antes, com um olhar e um semblante ainda mais assustador.

Micaela- você morreu! Como?

Guilherme- fica assim não amor, eu também senti saudades suas, gostou do novo estilo do seu marido? É assim que você gosta? Não é?

Não deu tempo de responder, ele mandou um cara me jogar dentro de um carro e subir para a boca. Pela janela eu vejo os soldados e vapores do Rick dizimados , mortos , meu coração quer gritar, só de pensar no Rick e na Bella.

Dentro do carro com homens aramados, sem saber o que fazer, com medo, eu só consigo chorar, chegamos na frente da boca, o Guilherme já estava esperando,ele mesmo abre a porta do carro , me puxa de uma vez, meu tornozelo lateja eu quase grito, más me seguro.

Ele vai andando na frente enquanto eu vou puxando o pé, cercada por soldados dele, entramos na boca, ele me puxa pelo  braço, eu fico de frente para o Rick e para a Bella, respiro aliviada ao vê-los, más não sei o que vai acontecer agora, o Guilherme fica irritado ao ouvir a Bella chamar o Rick de pai.

Guilherme- olha só ! Foi fácil tomar esse morro, segurança fraca , esperar o que de alguém que não faz nada direito.

Rick- faço a minha familia feliz, coisa que você nunca vai conseguir.

Guilherme- sua familia? Minha mulher e minha filha seu verme, achou que eu tava morto? Más um fracasso pra sua conta de bandido de merda!

O Rick  olha para ele surpreso.

Guilherme- você é muito otário, sabe o que alguem como eu faz com alguém  otário como você? engana, eu paguei o médico por uma dose maior de sedativo,  a respiração a Micaela  não ia nem notar porquê estava feliz pela filha e contente pela minha morte, nem tocou em  mim.

Micaela- sua mãe falou que você foi cremado.

Guilherme- outro corpo foi cremado, o meu não, e agora malandro? qual a diferença entre o o advogado e o bandido? eu sou os dois, inteligente como um advogado e esperto como um bandido, e dono de todo o complexo agora.

Bella- você não é meu pai!

Guilherme- eu sou sim! E se você tá viva é porquê tem um pedaço do meu figado ai no seu corpo filhinha.

Rick- cala a boca desgraçado.

Guilherme- vamos acabar com a reunião de familia que eu não tô afim de melação, arranca a porra desse fuzil dele, que ele não merece nem carregar um oitão , comédia ainda abre a boca para falar que é bandido, pau no cú.

Cárcere não PrivadoOnde histórias criam vida. Descubra agora