Aparentemente não morri.
Não, de verdade, não morri não.
Tá, mas como você sabe? Eu ri.
Abri os olhos e vi um pão.
Toquei, senti, cheirei, comi, vivi?Li também, tenho lido muito e a todo mundo.
Intercalo um tweet, um livro, um lance.
De amante, de amigo ou amor de moribundo.
Quanto drama, até parece que sabe romance.
Desse coração, só exala lixo do submundo.E se eu puxar meus elásticos, flexões, polichinelo, polisapato, pular,
Respiração, suor, descanso, volta a calma. Sopro. Isto é vida não?
O Salmista disse que é passageira. Mas não precisa provar.
Os órgãos parecem estar funcionando. Esse pulmão tá só o cão.
Mas se morri, por que me sinto em casa? Não, me sinto em um lar.Quentinho. Calorzinho.
Não o fogo do tinhoso.
Acalento do Jesuizinho.
Ah, mas que manhoso.
Então eu to mesmo mortinho.
Coff coff coff
Só o pó, mas glamouroso.
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoetryNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.