Vida sobre tela

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Olhar centrado na tela

Mãos tremem

Nervos temem

Fita e apela

Você consegue

Persiste

Você existe

Prossiga

Levanta, pega um café

Persiga

Canta em mente, tenha fé

O coro dos telefones

Seus olhos sacodem

As pernas viraram cones

Não me acodem

Mas está tudo bem

Temos saúde

Não vivo sem

Toca o alaúde

Da fila do condado

Engravatados em ordem

Cada um entra calado

Não fala, senão mordem

Respira, lhe machuca

Lembra, mente caduca

Esqueci

Não se preocupe

Já havia morrido

Na última trupe


100 poemas de um paraquedista sem chãoOnde histórias criam vida. Descubra agora