Olhar centrado na tela
Mãos tremem
Nervos temem
Fita e apela
Você consegue
Persiste
Você existe
Prossiga
Levanta, pega um café
Persiga
Canta em mente, tenha fé
O coro dos telefones
Seus olhos sacodem
As pernas viraram cones
Não me acodem
Mas está tudo bem
Temos saúde
Não vivo sem
Toca o alaúde
Da fila do condado
Engravatados em ordem
Cada um entra calado
Não fala, senão mordem
Respira, lhe machuca
Lembra, mente caduca
Esqueci
Não se preocupe
Já havia morrido
Na última trupe
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoetryNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.