Toma um chá no alto da cidade
Um sorriso no canto da mocidade
Em cada gole, aprecia a infelicidade
Um coral de demônios sussurra
As pernas pesam e o coração urra
Será que um dia conhecerei a liberdade?
Pois me falta muita sagacidade
Talvez positividade
Visão míope de olhos e coração
Penumbra que nos faz sentir o cão
O dia seguinte é estranho
Só de pensar me acanho
Não sou capaz
Sou só um verme rapaz
Que queria uma gota de paz
Que anseia pela plenitude
Não basta ter atitude
Objeto de maior desejo amiúde
Abjeto, se estapeia
Mas que se permite sonhar com a última ceia
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoesiaNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.