Verme enjaulado

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Toma um chá no alto da cidade

Um sorriso no canto da mocidade

Em cada gole, aprecia a infelicidade

Um coral de demônios sussurra

As pernas pesam e o coração urra

Será que um dia conhecerei a liberdade?

Pois me falta muita sagacidade

Talvez positividade

Visão míope de olhos e coração

Penumbra que nos faz sentir o cão

O dia seguinte é estranho

Só de pensar me acanho

Não sou capaz

Sou só um verme rapaz

Que queria uma gota de paz

Que anseia pela plenitude

Não basta ter atitude

Objeto de maior desejo amiúde

Abjeto, se estapeia

Mas que se permite sonhar com a última ceia


100 poemas de um paraquedista sem chãoOnde histórias criam vida. Descubra agora