Amor aos trancos

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Lixo com bicho,

Rixo com picho,

Trigo com álcool,

Um artista sem palco.

Na ponta da ladeira sem beira,

Sem estribeira sujo de areia,

Na parede sem rede,

Escreve o que tem sede.

Palavras carregadas,

No concreto cravadas

Com ardor e temor,

Postas diante tudo e do Senhor,

Honestamente tímidas,

Misteriosamente vívidas.

Na transparência um delito,

Para ciência eu repito,

Para que tanto rito,

Sobre o amor, não deem pito.


100 poemas de um paraquedista sem chãoOnde histórias criam vida. Descubra agora