Lixo com bicho,
Rixo com picho,
Trigo com álcool,
Um artista sem palco.
Na ponta da ladeira sem beira,
Sem estribeira sujo de areia,
Na parede sem rede,
Escreve o que tem sede.
Palavras carregadas,
No concreto cravadas
Com ardor e temor,
Postas diante tudo e do Senhor,
Honestamente tímidas,
Misteriosamente vívidas.
Na transparência um delito,
Para ciência eu repito,
Para que tanto rito,
Sobre o amor, não deem pito.
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoesiaNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.