Coração parou
Os olhos descansaram
Mas seu brilho não cessou
Os anjos da morte não o alcançaram
Não há para onde ir
Não é necessário
Não é sobre chorar ou sorrir
Apenas deu seu horário
Uma chave virou
Uma linha se formou
Entre morte e vida
E pareciam uma coisa só
Ele expirou, mas seguiu
Morreu, mas andou
Partiu, mas não se calou
Genuinamente
Nada mais tem importância
Amavelmente
Em tempo, a devida instância
O que está para acontecer?
Já se foi
Mas, claro,
Restou o ser
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoesiaNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.