Sarjeta lotada
Braços cansados
São muitos corpos
Restam amados
Sobram porcos
Mira o colega
Sente o cheiro
Ele não nega
Cinzas no ar
Lama na cara
Sonha com o mar
Vida que não para
Caem vários
Diante de si
Uma vida após a outra
Assassinato é meta
Tudo em linha reta
Não sente sono
Rei da insônia
Não tem como
Ressoa sua colônia
Cheiro de cemitério
Busca algum critério
Não há
E já não era sem tempo
Pegue sua pá
Ainda há muita vala
Para cada mente que se cala
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoetryNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.