Pequena numa casa com seis homens,
Morena com asa que vocês não podem,
Gigante coração, claro que sim,
Ante muita oração, enfado sem fim,
Deus a chamou com muita pressa,
Aos seus clamou, lembrai da fortuita promessa.
No lar, os filhinhos se alvoroçaram.
Sem ar, os seus caminhos tomaram.
Saudosa presença que rasgou nossas almas,
De copiosa crença, nos ensinou a calma.
Almoço de domingo significava abundância,
De amor, da comida, de doce de leite, da dálmata,
Que colosso choramingo, mal notava a sua importância,
Saudades do calor, da vida, do doce de leite, acalma-te.
Sua existência era da igreja, da cozinha, da mesa, e do amar.
Crua penitência, vivera Terezinha. Fraqueza? Que seja, viveu para ajuntar.
Viveu pela Glória, e sobreviveu lástimas.
Sua memória por vezes sangra lágrimas... até hoje.
Mas suas canções ressoam e nos renovam... até hoje.
Até hoje... Suas orações salvam e abençoam.
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoetryNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.