Como estamos atualmente?
Razoavelmente bem.
Medíocre. Doente da mente.
Pulmão está ok, sem
Máculas até. Da lente
Do raio-x talvez, mas à vista
Do Espírito? Seguimos.
Do amor, seja quem for, nois despista.
Criatura frágil, vemos
Que é teimosa. Haja teimosia.
Como pode um inseto desejar
A morte tanto quanto a vida. Poderia
Viver plenamente, amar e abraçar
Honestamente. Mas no seu interior,
Ainda discute com seus demônio.
Um, dois, dez dias bons.
Fé esburacada igual camada de ozônio.
Cético, pessimista. Ouve os sons
De alegria, do louvor, dos amigos,
Mas pouco ou nada lhe comove.
Mais sentido fazem os perigos,
Mais vale um céu que chove,
Diante da assustadora luz do sol.
Almeja dormir na fonte de água viva,
Eternamente, no coração existe um rol
De razões para se esvair, se esquiva
Da vida, da dor, do carinho.
A validade do ser já passou,
Turbulento ou não, esse é o caminho
Desejado. Neste poço profundo sou.
A liberdade mora na dor.
A paz se deita sobre o caos.
A bondade assusta na sua cor.
A alma não vive com os maus,
Os ama, mas deseja fortemente se ir com as últimas naus.
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoetryNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.