O raiar dos fracos

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Em mais um raiar da aurora,

Marias e Severinos engolem o choro,

Em pensamentos cada um implora,

No fim, se sacodem em um só coro,

Vamos em frente!

Olhos vazam bolas de metal.

Esqueça o que se sente!

Escolha onde olhar, que tal?


Pega o trem. Pessoas esqueceram

Partes de si. Será que mereceram?

Nobres guerreiros enfileirados.

Alguns olhos ávidos, outros já assassinados.

Uma assembleia de pensamentos.

Soluções sem problemas aos trocentos.

Por vezes recorremos a Baco,

Mas ainda nos falta a clareza

De olhar para qualquer caco

E dizer com toda certeza,

Graças a Deus sou fraco.


100 poemas de um paraquedista sem chãoOnde histórias criam vida. Descubra agora