Tijolo por tijolo
Montes de areia
Um terreno longínquo
Longe do quê?
Como é difícil
O simples ato de construir
Numa caverna
Ou a céu aberto
Como é fácil se destruir
Numa taverna
Ou qualquer lugar perto
Muros altos nos protegeriam
E nos afastariam
Não há segurança
Em viver desamparado
Prefiro proteger nossa criança
E viver pelo meu amado
Mesmo que sofra calado
Vou andar, tropeçar, levantar
Sentir nas pernas a grama alta se chocar
Os anos se tornarão asas
Correrei tanto até planar
Voarei e assistirei
As ruínas restantes
Do Eu que ficara incompleto
Do ser que enfim não sendo
Tornou-se repleto
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoetryNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.