Anestesiado e cansado, cotovelos na janela,
Cabisbaixo e desamparado, pelos em cautela.
Mira o céu, ponte e olhos sem brilho.
Ao leu, olha o horizonte sem brio.
Uma brisa choca a face rija,
Um esboço de paz me toca e me regozija.
Como o poço nos atrai tanto,
Dói o osso, cai qualquer santo.
Caem de joelhos e a invencibilidade dos mentirosos,
Sobram conselhos, e a afabilidade de invisíveis amorosos.
Por vezes nos jogamos num mar de dor,
Por meses nos custa enxergar uma cor.
Sei que o dia que me acostumar com corpos,
É certo que estamos todos mortos.
Não sinto o calor da vida,
Mas por enquanto, uso isso como prova viva,
Que o escândalo nos vibra,
Como vândalo de nossa fibra.
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoetryNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.