Aguardava o trem ao lado de um guarda-chuva
Muito simpático, cor de uva
Talvez tenha sido abandonado
Acompanhou calado
Hoje não viu previsão de clima
Descobriu mesmo olhando pra cima
Barras e pés ensopados
Pulmão querendo dar uns sopapos
Uma pontada nas têmporas
Lhe falta sono decente há tempos
Coletivos vazios
Repara com seus olhos vadios
Lê as notícias do dia
Cerra o punho
Me despedi da inusitada companhia
Já estamos quase em junho
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoetryNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.