Um álcool de lei,
Quantos já ouviram isso,
Não sei,
Você perde a conta
De quantas muletas
Se apoia e te dizem que apronta.
Incontáveis tretas,
Um conselho, não se metas.
Uma coxinha de lei.
Um alimento brasileiro,
Sagrado, nem tanto.
Num país que acredita em kit gay,
Difícil,
Mas não raro como um míssil.
Não sabem o quanto corre,
Não veem o quanto morre,
Desdenham até da fome,
Também não querem,
Ah, se puderem.
Um cafezinho de lei.
Uma notícia, um estranho. Pei!
Busca refúgio em absurdos,
Palavras vem, mas estamos surdos.
Um homem de lei.
Branco, esclarecido, ignorante.
Muitos livros, canudos,
Mas não enxerga o que está adiante.
Dos rincões do Brasil,
Gemidos agudos.
Bastante fuzil,
Fodam-se os miúdos.
Talvez não seja do seu agrado,
Mas se precisar,
Nas horas vagas, sou advogado.
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoesiaNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.