Os dedos estão duros que só,
Não consegue tocar um dó.
Braços receosos,
Corações temerosos.
Joelhos enferrujados,
Vê ao longe pássaros alados.
Corpos juntos se aquecem
No silêncio da noite,
Passam dias e não se esquecem,
Cada distância, um açoite.
Vento sopra frio na espinha,
Saudade fria que só minha,
Esquenta cada desejo que se alinha,
Tem tempos que se aporrinha,
Sobra vontade pra agorinha.
Toca ao longe e não se esconde,
Deseja calor de vida de conde.
A vida lhes tolhe,
Cada dia amor que colhe,
Se larga na chuva que lhe molhe.
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoetryNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.