Grande Chico já dizia,
Todo mundo tem um irmão meio zarolho,
Primo então, nem se fala,
São tantos, um ou outro mala,
Grandes eventos, panela e molho,
De tudo se comia.
Numerosos como família de coelho,
Recatados, festeiros, bêbados,
Lindos como eu no espelho,
Crentes, enérgicos, sóbrios,
Uns não tão bons do joelho,
Amados, brasileiros, estrangeiros.
Do primeiro ao décimo grau,
Já não se sabe mais a conta,
Tem doido, tem índio, tem branco,
De mais ou menos grana no banco,
Senso de humor de ponta,
Outros são mais cara de pau.
De zero a sessenta de idade,
Caseiros, enraizados, viajantes,
Gene que transborda vitalidade,
Ok, nem todos estão como antes,
Surrados pela vida e pela maldade,
Guerreiros, esparramados e distantes,
Porém unidos, pela fé e pela modernidade,
De longe, um like, um áudio, de perto, amantes,
Humor duvidoso, confusão generalizada. Ah, que saudade.
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoetryNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.