Afundam na cama
Um corpo e seus grilhões
Sons de máquinas se perdem
Ao apito nos ouvidos
Já não sente seus queridos
Está só
Porém pleno
Olhar sereno
No teto caído
No tempo moído
Acabaram as folhas do calendário
Um ditado errado
O amanhã é na verdade
Bastante certo
O frio já não sente
A alma já repousa quente
O brilho da foice na janela
Já não causa um arrepio
Oh, ser arredio
Basta entrar
És sempre bem-vindo
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoetryNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.