Deixa

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Um ponto no céu

Em queda livre

Talvez seu único momento

Verdadeiramente livre

Pele rasgada

Espinhos na carne

Chagas históricas

De braços esticados

Os anjos são seu par

Mergulha no mar

Cada ferida grita

Cada dor apita

É fácil de encontrar

Deixa escamas pelo caminho

Enquanto busca pelo seu lar

Observa o fim como um moinho

Hipnotizado

Eletrizado

Pelo verdadeiro fim

Respira assim

Tranquilo

Basta isso

Um terno abraço

Não aguenta mais cair

Não há mais pelo que sair

Só resta um motivo para rir

Tão somente, quer se ir

Atravessar o chão, o concreto

E tudo o mais

Brilha o remir

Deixando de ser

Deixando de ter

Deixando-nos


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100 poemas de um paraquedista sem chãoOnde histórias criam vida. Descubra agora