Teimosos caídos

1 0 0
                                    

Como andar em círculos,

Fama de ridículos,

Servos de feridas

Vidrados em cacos.

Pêndulo entre a indiferença

E a genuína presença.

Busca a felicidade

Com sua própria capacidade,

Sonha com uma feliz idade.

Dorme em prazeres, não faltam dizeres.

Luz que preferimos não tocar,

Desejamos escolher o que amar,

Nos perdemos num reles tocar,

Vendados, não queremos parar.

Caímos e nos pegamos a chorar.

Quiçá um dia aprendemos

A viver o que dizemos,

A esbanjar o que cantamos,

A aceitar a poda de nossos ramos.


100 poemas de um paraquedista sem chãoOnde histórias criam vida. Descubra agora