Uma neblina nos cerca
Recorre a qualquer toque
Não nos perca
Tenta se agitar com um roque
Busca intimidade
Sem cuidado
Não importa a cidade
Cada um no seu quadrado
Viciados em afetos supérfluos
Desejos insaciáveis
Ninguém aguenta nada de perto
Que fofos, tão amáveis
Até tentam se apegar
Tão tolos, que abomináveis
Assusta só de chegar
Restam multidões
Conectadas ao globo
De todos os rincões
Onde ninguém é bobo
Lá que todos sorriem
Até que se riem
E na solidão, pequenos, se miem
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoezieNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.