Morada Selada

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havia um sonho, nele uma pessoa

uma casa, dos avós talvez, aparente

sossego, havia amor, nada é a toa

conversas indistinguíveis, nós somente.


invasores sombrios surgem,

com vontade de morte,

um barulho, não se sabia quem,

não era nosso dia de sorte.


na cozinha, uma faca, tensão,

mistério, presença estranha,

ela veio comigo, talvez não,

a morte chamava, na manha.


gritos, luta, sangue, derrota,

um embate, não sabia quem,

no profundo, fechada rota,

perdi, morri, paz, amém.


o âmago escancarado,

morte morrida,

paz de quem é amado?

uma história jamais lida.


de repente o coração se abriu

desde então, os invasores

eram diferentes do que já se viu,

a morte levou as dores,

do mistério, surgiu amores.


100 poemas de um paraquedista sem chãoOnde histórias criam vida. Descubra agora