Dias relâmpagos
Anos rápidos
Tempos apagados
Vida no automático
Caminhos alagados
Apita seu lado fleumático
Que vida é essa
Não se vê, tão veloz
Mal sabe, tão atroz
Fios brancos surgem
Ninguém se opõe
O corpo cria ferrugem
Não há guerra
Diante do implacável
Tempo tão amável
Tão certo como a morte
Reviva seu corte
Pare e sinta
Antes que seja tarde demais
E os vermes vençam a corrida
Quando menos se espera
Morte morrida
Lhe falta couro
Que estouro
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoesiaNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.