Raios e trovões

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Dias relâmpagos

Anos rápidos

Tempos apagados

Vida no automático

Caminhos alagados

Apita seu lado fleumático

Que vida é essa

Não se vê, tão veloz

Mal sabe, tão atroz

Fios brancos surgem

Ninguém se opõe

O corpo cria ferrugem

Não há guerra

Diante do implacável

Tempo tão amável

Tão certo como a morte

Reviva seu corte

Pare e sinta

Antes que seja tarde demais

E os vermes vençam a corrida

Quando menos se espera

Morte morrida

Lhe falta couro

Que estouro


100 poemas de um paraquedista sem chãoOnde histórias criam vida. Descubra agora