Bola de neve
Num país
Que todo mundo deve.
Saiu uma tal de Laís.
Começa a temporada
De alienação. Vamos?
Rígida cada camada,
É 2022, e já mostramos
De tudo. Novo normal
É meio igual.
"Deve ser difícil ser você".
Um inseto ansioso.
Qualquer coisa. Medo. Por quê?
Mesmo criativo e ocioso,
As tripas julgam e torturam,
Não há remédio
Que vença, drogas que curam.
Crendo num intermédio
De Espírito, ainda assim,
Sofrimento. Cor. Dor.
Um arco-íris, mas de uma cor.
Tediosa existência.
Ar e penitência.
Amores de ontem
E hoje. Não contem
Comigo. Este verme
De putrefata derme
Não tem o que oferecer
Além de confusão
E delírio. Este ser
Perturbado pelo cão,
Ouve mil demônios
E luta. Perdido
De coração ardido,
Toma seu álcool de lei
E vive como se não sei.
Não é melhor morrer
Do que dizer que de tudo não dei?
Quase que como nuvens,
De ânimos que não tens.
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoetryNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.