Vai dia vem noite
Faces conhecidas mas estranhas
Um acordar um açoite
A rotina não consegue parar
Inimigos na porta a gritar
Corações embaraçados
Rostos despedaçados
Pedaços enfileirados
Pedaços de mim
Pedaços dos outros
Entre sonhos levanta
A ansiedade canta
O desconhecido nos sacode
Sensação de ninguém nos acode
O mistério é sempre mais temível
O terror de sobreviver o imprevisível
Uma dor que vem como míssil
Desperta! Oh, tu que dormes
O dia lhe espera que lhe formes
Bêbado de sono e de realidade
Não tenho mais idade
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoetryNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.