Ode à culpa

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Coça a cuca em pensamentos embaralhados,

Os ombros pesam,

Os nervos se mostram e transformam os dias puxados,

Os olhos já míopes se cerram.


Caminha com estacas nas clavículas,

Torce o pescoço e se habitua,

Seu sopro não escapa de uma edícula,

Essa é sua verdade nua e crua.


De braços abertos recebe seu acusador,

De mãos dadas com o horror,

Sorri, espantosamente.

Fora de si, esta caprichosa mente.


Do pouco chão, resta destruir a marretadas o que sobrou.

Um som ensurdecedor sangra ouvidos de potestades,

Um corpo cai em um abismo onde nenhuma luz jamais tocou.

Olhos voltados para cima rogam misericórdia de majestade.


Uma queda de tonelada,

Bastou um alguém para resgatar sua amada,

Respira uma alma estraçalhada,

Enfim, uma vida foi catapultada.


100 poemas de um paraquedista sem chãoOnde histórias criam vida. Descubra agora