O maior dos prazeres

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O óbvio de cada dia se esvai

Aurora da falsa felicidade que cai

Vidas anestesiadas

Sorrisos letárgicos

Prazeres tão trágicos


Que falta faz

Mergulhar em mim

Em cada lágrima sem fim

Abraçar cada parte podre

Dar o seu devido valor


Sentir delicadamente tudo

Todo o frio e todo o calor

Toda sombra e todo lampejo

Sangrar todo o desejo


Viver na pele todo o sofrer

Preencher a vista de todo o crer

Com a cruz cravada na costela

E sua doce luz alçada sobre ela


Em cada passo um clamor

De um cálice que nunca quis

Tão pleno de amor

Que jamais mereci


100 poemas de um paraquedista sem chãoOnde histórias criam vida. Descubra agora