O óbvio de cada dia se esvai
Aurora da falsa felicidade que cai
Vidas anestesiadas
Sorrisos letárgicos
Prazeres tão trágicos
Que falta faz
Mergulhar em mim
Em cada lágrima sem fim
Abraçar cada parte podre
Dar o seu devido valor
Sentir delicadamente tudo
Todo o frio e todo o calor
Toda sombra e todo lampejo
Sangrar todo o desejo
Viver na pele todo o sofrer
Preencher a vista de todo o crer
Com a cruz cravada na costela
E sua doce luz alçada sobre ela
Em cada passo um clamor
De um cálice que nunca quis
Tão pleno de amor
Que jamais mereci
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100 poemas de um paraquedista sem chão
PoesíaNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.