Julgamento

1 0 0
                                    

Sol a pino

Assim eu me desatino

Entrega sua carne

É tempo de guilhotina

Qual a sua parte

Escancara sua sina

Cada palavra, uma lobotomia

Faz das tripas, sua companhia

Vida rara

Chuva de sangue

O tempo não para

Não perde seu arranque

Enfim o último ato de misericórdia

Finalmente a alegria lhe acode

Cabeça no ar

O olhar é tão preciso

Tranquilo como o som do mar

Sangue fresco de narciso

Plateia de sorte

Foi o melhor corte

Até virou esporte

Palmas à morte


100 poemas de um paraquedista sem chãoOnde histórias criam vida. Descubra agora