Sol a pino
Assim eu me desatino
Entrega sua carne
É tempo de guilhotina
Qual a sua parte
Escancara sua sina
Cada palavra, uma lobotomia
Faz das tripas, sua companhia
Vida rara
Chuva de sangue
O tempo não para
Não perde seu arranque
Enfim o último ato de misericórdia
Finalmente a alegria lhe acode
Cabeça no ar
O olhar é tão preciso
Tranquilo como o som do mar
Sangue fresco de narciso
Plateia de sorte
Foi o melhor corte
Até virou esporte
Palmas à morte
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100 poemas de um paraquedista sem chão
ŞiirNa perspectiva do alto, pode se ver muito de diversas formas | Mesmo aos poucos, algumas formas disformes | E com algum esforço | Pode se ver no nada, muito. . Poemas escritos entre julho de 2021 e abril de 2023.