Rotina de um monstrinho

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Um monstro querido

Meio sem jeito

Desengonçado

As crianças não o temem

Das velhinhas, é um amado

Na rua, seus olhem fogem

Sempre muito calado

Já sua alma é inquieta

Uma trombada em alguém

Me desculpe

Segue sua vida porém

Gosta de abraçar

E procrastina a caçar

Talvez um dia morra de fome

Não de alimento

Mas de sentimento

Não é um ser mágico

Vive do trágico

De vida e morte, um receptáculo

De dor e humor, um espetáculo


100 poemas de um paraquedista sem chãoOnde histórias criam vida. Descubra agora