Desvendando os Personagens

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Asmus parte 1

O Transtorno de Personalidade Borderline e Síndrome de Estocolmo.

Como eu simplesmente amo psicologia e psiquiatria, tentei construir um psicológico transtornado alinhado com a história da personagem. Lembrando que nem sempre a história mostra com perfeição já que tudo é uma versão romantizada.

O MBTI dele é ESTP-A, uma personalidade extrovertida, observadora e intuitiva. Alguém que busca rir e entreter os outros a sua volta. Eles buscam drama, paixão e prazer, são críticos e lógicos.

O Borderline é caracterizado por humor, comportamentos e relacionamentos instáveis, medo de abandono e comportamentos impulsivos.

No comportamento: agressão, comportamento antissocial, autodestrutivo, compulsivo, comportamentos de risco, hostilidade, impulsividade, irritabilidade e falta de moderação

No humor: ansiedade, culpa, descontentamento geral, gama limitada de emoções, mudanças de humor e picos entre mania e felicidade extrema, animação descontrolada e necessidade de atenção até a perda de interesse ou prazer nas atividades, raiva, solidão ou tristeza.

Sintomas psicológicos: auto-imagem distorcida, depressão, grandiosidade, medo, narcisismo ou paranoia.

Também é comum: pensamentos suicidas ou transtorno dissociativo.

A sindrome de Estocolmo se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu raptor ou de conquistar a simpatia do sequestrador. Assim num estado psicológico de intimidação, violência ou abuso em que a vítima é submetida por seu agressor, ao invés de repulsa, ela cria simpatia ou até mesmo um laço emocional forte de amizade ou amor por ele.

Nossa análise começa com uma visão superficial do passado de Asmus.

Como uma criança sem apoio emocional e sem a presença paterna ou materna, ele foi obrigado a sobreviver nas ruas de sua cidade com seu irmão mais velho. Uma criança que não recebia atenção o suficiente de nenhum adulto e que não pôde criar nenhum laço. Asmus teve poucos momentos em que ficou longe dele ou criou outras relações, a necessidade de atenção o levou a criar uma dependência emocional.

Mesmo sob os maltratos sem motivo ele se sentia culpado e se submetia às torturas, uma vez que seu irmão era o único em sua vida e ele via de forma deturpada uma relação de violência e cuidado. A impotência o levou a estar mais suscetível a síndrome de Estocolmo. O trauma o fez aceitar as posições que outras pessoas o colocavam em relacionamentos. Além de fazê-lo desenvolver traços manipulativos e anti-sociais como forma de proteção emocional contra as torturas.

Na adolescência, o transtorno borderline foi alimentado quando Asmus começa a ter importância em sua cidade natal e quando ele começa sua jornada para se tornar um deus.

(Isso vai ser melhor explicado nos capítulos de desenvolvimento de Asmus)

Esse passado reflete no seu relacionamento com Shivani. A borderline faz com que ele se sinta mais acolhido ela em menos tempo graças a obrigação que ela tem de protegê-lo e da necessidade de atenção que isso gera. Asmus sente que precisa da observação de Shivani e da sua atração. Mesmo sob as ameaças constantes e a violência.

Um exemplo é o momento em que ela imita o irmão dele ao traçar uma cicatriz em seu rosto, o mesmo padrão de violência e cuidado se instala em sua mente e isso ressuscita o sentimento aterrorizado abrindo portas para a Síndrome de Estocolmo.

Ele sente que precisa se submeter ao acordo firmado e à uma devoção extrema, criando laços quase imaginários de afeição entre eles. Ele se sente ainda mais obcecado ao começarem uma relação mais íntima e sexual, a ponto de tomar para si as obsessões da pirata, se prontificando a alcançar todos os objetivos dela. Uma vez que a obsessão tomou parte na sua vida pela primeira vez desde o seu irmão e ele vinha vivendo apenas com ligações rasas e objetivos primários como fugir das autoridades.

Vai ser mais desenvolvido a partir do passado dele

Preto Cinza e Tempestade - FortunataOnde histórias criam vida. Descubra agora