Preto Cinza e Tempestade - Fortunata

Festa e Rum

Me atrasei de novo kkkkk
Imaginem a música com o ritmo de wellerman ai na mídia
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Naquela noite mais tarde, os marujos resolveram comemorar o escape bem sucedido.

Tudo de alcoólico e alucinógeno que encontraram foram colocados no convés com os pandeiros e os alaúdes. As lamparinas lânguidas iluminavam a escuridão depois da batalha contra os navios aéreos. Os marujos cantavam e dançavam, batendo palmas e exultando a coragem de Shivani. Os cantos entoavam as lendas sobre ela, A Sereia do Navio Arcanjo, seus feitos percorriam as tavernas em terra firme.

Asmus estava sentado sobre um barril, observando divertido os tripulantes dançarem em um grande círculo. Shivani observava da outra ponta, ainda alterada pelo reencontro mais cedo. Asmus imaginou que ela não esperava rever seus perseguidores tão cedo, ao contrário dele, que sabia que apareceriam a qualquer momento.

Ele brincou com o relógio que quase matara a todos há poucas horas. Seu olhar passando entre a pirata e o copo de rum. Shivani era uma vilã, ele soube. Cada lenda e música sobre suas crueldades eram reais e faziam jus. Um comichão lhe percorreu, ele queria descobrir qual era a única coisa que aquele pesadelo humano temia e porquê. Ele sabia que Shivani também queria descobrir sobre ele.

Se Shivani era uma vilã, ele com toda certeza não era um herói.

Asmus levantou, os olhos cinza tempestuosos na platéia o seguiram, ele dançou ao ritmo da música até parar na frente da pirata. Com um sorriso feral e convidativo estendeu-lhe a mão.

Shivani hesitou. Ele viu o desejo e a curiosidade brilhar no rosto dela, mas também a cautela. Ele não a culpava, quase a matara diversas vezes e eles se conheciam a menos de três dias. Ele a presenteou com um de seus sorrisos apáticos para que se apressasse.

Shivani agarrou sua mão, movida mais pela irritação ao ver aquele rosto zombeteiro do que real vontade de dançar.

- Este é o momento perfeito para fazer todas as perguntas maliciosas que estão na sua cabecinha. - Ele esclareceu, agarrando sua cintura quando a levou para o centro da roda. A multidão de piratas soltou alguns gritos e trocaram a música. Shivani estranhou a abertura.

- De onde você veio? Por que aqueles navios estavam atrás de você hoje? - Ela estreitou os olhos, as palmas coladas nas de Asmus apertando com força enquanto dançavam. Ele a segurava escandalosamente perto.

- Cada uma dessas perguntas tem um preço. - O monstro sorriu. Ela odiava como ele poderia parecer um anjo e uma estrela caida sempre que dava um sorriso real. - As respostas verdadeiras custam caro, as meias verdades custam menos, e as mentiras podem ser qualquer uma das duas.

- Um joguinho de tudo ou nada. - A pirata escarneceu. A música atrás deles aumentou o ritmo. - E você decide todas as regras. Não. - Ela pontuou descendo os dedos pelo pulso dele. - Tenho uma proposta para você, enquanto jogamos um outro jogo.

- Oh, por favor, continue. - O monstro a girou com gingado. Ela apertou uma das mãos na nuca dele e a outra em sua cintura com uma careta, o corsete estava lá novamente. - O quê? Eu sou um ícone da moda.

- Enfim. - Ela suspirou retomando o controle da dança. - Você viu que carrego magia. Sei que está curioso sobre isso e muitas outras coisas. - Ele sorriu como um felino. - E eu preciso saber com que tipo de ameaça estou lidando, e eu vi suas habilidades, elas me seriam... úteis. Ah, Santa Equidna, pare de me olhar assim. - Os dois deram um giro juntos, a música estava no fim ela precisava se apressar, então o puxou para mais perto, e colocou os lábios na orelha dele, deslizando a adaga para o centro do corsete. Asmus esqueceu de respirar quando ela sussurrou. - Não é um pedido. Cada resposta real que me der valerá um pedaço do meu passado. E cada um dos favores que me fizer valerá um pedaço do meu futuro. Eu eliminarei seus perseguidores e você encontrará o que eu quero. Meus segredos e meus planos estarão na mesa, desde que todos os seus também estejam.