Alessa, Nos Caminhos Da Loucura E Do Destino ( Concluído)

50

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Jarbas

Dante conseguiu o que queria!

Alessa está sem consciência numa cama de hospital, os exames preliminares que o médico fez assim que ela chegou constataram que ela está com tuberculose, o pulmão esquerdo dela está totalmente comprometido. Ela passou mal alguns dias atrás, tentei convencê-la a chamar um médico mas recusou dizendo que estava bem, que era só tomar os seus chás e tudo ficaria bem. Sabia que não estava bem, e que chás não iriam resolver o problema mas ela não queria mais custos em relação a dívida que tem com o Dante, vi no contrato que existe uma cláusula em relação a doença.

Dante me deixou aqui com o Cláudio para cuidar dela dizendo que tinha assuntos mais importantes do que ficar aqui com uma maldita doente, é estranho que ele tenha parecia tão desesperado para depois fingir que não se importa com ela, Alessa agora respirava por aparelhos, está tão pálida que pensei que realmente iria morrer, o médico disse que ela deveria ter vindo há muito tempo que se medicar em casa apenas retardou o progresso da doença mas não evitou a piora da doença.

Ficar presa naquele galpão úmido sendo torturada noite e dia, prejudicou a saúde dela, percebia como ela custava respirar em algumas situações como comia pouco e trabalhava muito, demorou muito para ela chegar no estado que chegou. Acredito que Deus a fortaleceu caso contrário estaria morta há muito tempo, Cláudio estava visivelmente desesperado andando de um lado para o outro, ele tentou por diversas vezes disfarçar como a situação de Alessa o incomodava mas como sei do envolvimento deles, preciso fingir que não percebo como está desesperado ainda bem Dante não está aqui, apesar de dizer que não gosta de Alessa e que para ele morta ou viva não faz diferença alguma, sei que ele perceberia esse nervosismo de Cláudio.

- Esse médico está demorando muito, será que aconteceu alguma coisa mais séria?

- Se estiver isso não é da sua conta, Cláudio, foque na sua função de soldado.

- Como pode estar tão tranquilo? Você viu o jeito que ela estava, Alessa ainda não está fora de risco, Jarbas, ela pode morrer.

Sabia muito bem dos riscos mas não quero focar nisso, tenho que ter pensamento positivo, Alessa é uma mulher forte que conseguiu sobreviver as torturas de Dante naquele galpão horrível, tenho certeza que vai consegui sair dessa também.

- Ela não vai morrer, Cláudio, nunca conheci uma mulher tão forte como ela. Mas está preocupado demais, está gostando dela?

- Sim como todos os outros empregados, você não gosta dela, Jarbas? Pois o jeito que fala e até a forma como parece não estar preocupado mostra como para você não faz diferença nenhuma se Alessa viver ou morrer.

Isso não é verdade apenas ao contrário de Cláudio não posso transparecer como estou preocupado e como queria estar ao lado dela nesse momento mas não posso ser tão imbecil como Cláudio, tenho muito a perder e preciso passar a impressão que sou fiel a Dante acima de qualquer circunstância.

- Gosto dela, mas sou realista, o médico disse que o fato dela ser jovem pode ajudar na recuperação, Alessa da forma que estava com os pulmões cometidos se fosse outra pessoa já estaria morta a muito tempo, Cláudio, ela é uma mulher forte e vai se recuperar. Pensa que não sei que gosta dela de uma forma diferente que os empregados da mansão? Está iludindo a pobre com promessas que nunca irá cumprir, está sendo cruel ao fazer isso, Cláudio, espero que esteja ciente disso. Agora vou voltar para mansão, o senhor Dante me espera.

Cláudio não demonstrou ter medo de mim ou do meu comentário continuou olhando em direção do lugar que Alessa entrou, estou angustiado mas preciso colocar a máscara de indiferença para poder seguir em frente com meus planos sabendo que a cada dia se torna mais difícil me manter firme com essa missão infeliz.