Alessa, Nos Caminhos Da Loucura E Do Destino ( Concluído)

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Que se inicie a maratona!

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Dante

A distração foi minha maior aliada, Alessa sorria para Cecilia, enquanto caminhavam no jardim acompanhando sua amiga, estava no escritório de Dante conversando sobre como estou sendo inconsequente e que não devo pensar em nenhum segundo em ir nesse casamento mas tenho meus próprios planos, sei que as crianças estão brincando com Bárbara no pequeno playground que ficava dentro da casa. A baba não se incomodou quando entrei no lugar que as crianças estavam brincando.

Valentim está junto com Melina explicando a brincadeira para minha filha ela prestava atenção como se realmente quisesse fazer tudo direitinho como os amiguinhos estavam explicando, quando Valentim percebeu minha presença ele entrou na frente da irmã e de Bárbara como se tivesse as protegendo de mim.

– O que quer aqui, Senhor Fontana?

– Brincar com vocês, não posso?

Valentim olhou para mim desconfiado mas aceitou minha presença quando percebeu que não podia negar, sentei ao lado de Bárbara recebendo um olhar curioso e doce da minha filha, segurei sua mãozinha sentindo uma emoção diferente de qualquer outra que tive a oportunidade de sentir na vida. O filho mais velho de Dário explicava como seria a brincadeira, com poucos minutos já estávamos brincando.

Nunca fui uma criança no pleno sentido da palavra, a infância para mim foi uma fase sem muitas alegrias, precisava ser perfeito portanto não tinha tempo para brincar apenas para ser o filho bem treinado e pronto para assumir minhas responsabilidade na máfia, não poderia perder meu tempo com isso. Com 11 anos apesar da dislexia consegui aprender vários idiomas como também a usar várias armas, tive minhas primeiras experiências sexuais também cedo demais não conseguindo aproveitar as fases que um homem normal tem.

Com 17, já era o torturador mais temido, até mesmo meu pai não alcançou a fama que eu tinha na época, torturar e matar era o meu maior prazer, minha vida passou diante dos meus olhos sem que pudesse curtir e aproveitar nada, estava ocupado demais sendo cruel, agora brincando de esconde e esconde com minha filha percebo como perdi tanto durante minha vida. Bárbara sorria em meu colo, prestando atenção na brincadeira que os filhos de Dário riam.

Precisava ser rápido, não tinha muito tempo, enquanto Melina contava até 20 conforme explicação do irmão, peguei o tubo que coloquei no meu bolso, passei o cotonete que havia nele na boca de Bárbara, ela não chorou ou estranhou, apenas sorriu provavelmente pensando que era algum tipo de brincadeira. Minha filha é um anjinho assim como sua mãe Alessa, se tivesse tomado decisões diferentes na minha vida com certeza teria sua doçura comigo todos os dias.

Tive que agir depressa, coloquei o cotonete dentro do tubo e beijei o rosto da minha filha ela sorriu feliz pelo carinho, ainda é estranho para mim demonstrações de afeto mas eu preciso melhorar se quero minha família de volta, tenho que ser um homem diferente, preciso demonstrar para Bárbara que posso ser um bom pai, sei que com o tempo, Alessa e Cassandra vão me entender e aceitar que o lugar delas é comigo.

Milena encontra Bárbara e eu facilmente e começa a rir logo depois encontra o irmão, me despeço deles dizendo que não posso mais brincar pois recebi uma ligação urgente e precisava ir, Valentim ficou desconfiado, o menino é como Dário e acredito que seja até pior pois assim que me viu indo embora fez questão de fechar a porta do quarto onde ficava o playground.

O exame de DNA iria sair em breve pois procurei a clínica que tivesse o resultado mais rápido, preciso correr contra o tempo quanto mais rápido o exame sair melhor será. Depois posso marcar uma reunião com o Sandro eu mesmo e falar sobre a paternidade de Bárbara, ele sabe como são nossas leis portanto preciso conversar com ele, claro que vou notificar Dário antes estando com exame nas mãos mas não vou permitir que Jarbas tire a minha família de mim.