Alessa, Nos Caminhos Da Loucura E Do Destino ( Concluído)

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Capítulo com conteúdo sensível

Alessa

- Léia, pode ficar tranquila que fecho as janelas, boa noite e bom descanso!

- Obrigada, querida, o senhor Dante não vai chegar tão cedo mas pelo jeito está feliz com isso.

Sei que ela torce para que Dante se case comigo, e me coloque na posição de senhora da casa mas isso nunca vai acontecer, pelo que percebo terei essa posição para toda vida, não que esteja reclamando, tudo para mim é melhor do que ter que ficar com Dante.

- A senhora precisa parar com essa torcida, Dante jamais vai me tratar com dignidade, sabe que as vezes rezo para se casar com Camille e vender minha dívida, de verdade, não ando me preocupando como será minha vida apenas sobrevivo a cada dia.

- Minha menina, não deveria ser assim, Dante não deveria ser esse homem cruel e perverso, se a senhora Heloísa tivesse a oportunidade de cuidar dele tenho certeza que tudo seria diferente mas nem mesmo amamentar o filho ela pode.

Léia já havia me contado algumas histórias sobre a mãe de Dante todas muito tristes, ela como eu foi vendida pelo pai por ser uma bastarda, viveu sofrendo, perdeu 2 filhos no parto e deu a luz a Catarina mas morreu ao trazer minha amiga ao mundo, sinto muita falta de Catarina mas pelo que falam sobre a prostituição principalmente para uma pessoa traficada como ela foi provavelmente Catarina deve estar morta.

Em todas as minhas orações peço por sua alma, que esteja em descanso depois de todo mal que foi imposto a ela. Léia vai se deitar me deixando sozinha na cozinha, sei que ela gostaria que as coisas fossem diferentes mas duvido muito que um dia serão, vou para sala para fechar as janelas encontrando Negrini sentado fumando um charuto, acabo me assustando procurando por Dante imaginando que estava com ele mas não o vejo.

- Boa noite, Alessa, como vai?

- Senhor Negrini, meu marido não está aqui, está na boate, posso ajudá-lo?

- Você fala que ele é seu marido com tanta convicção que parece até que realmente é mas nós dois sabemos que não, nem mesmo levá-la as festas da família ou eventos como o de ontem ele faz questão de levar, Dante tem vergonha de você prefere andar com a prostituta do que com a mulher que comprou para ser sua esposa.

Ele pensa que me magoa falando isso mas não sinto nada, Dante me despreza, no entanto, não me importo com isso, muito pelo contrário quero que continue assim.

- Soube o que Dante fez, a vendeu para Henrique como puta, me diga foi difícil para você ou foi fácil trair Dante? Pergunto pois se faz tanto de santinha mas é igual sua mãe, uma vagabunda de sangue sujo.

Sabia que Dante contaria, deve ter contado para todos o que fez, provavelmente me ofereceu para todos os outros como imaginei que faria. Negrini se levantou indo na minha direção, acabo caindo sentada no sofá que havia atrás de mim, Negrini aproveita para subir em cima de mim colocando suas mãos nojentas no meu rosto.

- Ofereceria o mundo para tê-la, Alessa, Dante não sabe o que está perdendo a trocando pela vadia da Camille. Mas podemos nos divertir enquanto ele está longe, o que acha? Sei que não ganhou nada se deitando com Henrique mas comigo será diferente, seja minha amante, Alessa. Prometo que comigo tudo será diferente!

- Saia de cima de mim, senhor! Não vou trair meu marido, por favor, me deixe em paz, vou gritar.

- Não resista pois será pior, sua mãe traidora resistia, mas como pode imaginar sempre conseguia o que queria, com você não será diferente.

Negrini colocou sua mão na minha boca para evitar que gritasse, comecei a entrar em desespero quando conseguiu deitar seu corpo em cima do meu levantando meu vestido, meu rosto já estava banhado em lágrimas, isso não podia acontecer comigo, meu Deus não permita que esse homem abuse de mim, como se Deus ouvisse minhas preces, a porta se abriu e Dante apareceu. Assim que Negrini percebeu a presença de Dante saiu de cima de mim, fiquei em estado de choque olhando na direção de Dante, queria pedir socorro ou ajuda a ele mas não conseguia.

- Avisei a você que seria um corno se comprasse essa vagabunda, vim aqui para conversar com você mas essa mulherzinha se ofereceu como uma vadiazinha no cio.

Queria que Dante o agredisse, expulsasse ele daqui ou até falasse algo para desestabilizar Negrini mas não disse nada, apenas veio em minha direção segurando meus cabelos com tanta força como se quisesse arrancá-los. Negrini sorriu saindo pela porta como se não tivesse feito nada, saiu impune depois de tentar abusar de mim pois ele percebeu que Dante não faria nada com ele e sim comigo.

- Sua vagabunda maldita, estava querendo me trair, é isso?

- Não, senhor! Ele tentou abusar de mim, eu juro por tudo que é mais sagrado, não trairia o senhor jamais, sou fiel.

- FIEL? UMA VADIA, FILHA DE OUTRA VADIA JAMAIS SERIA FIEL. MAS VOCÊ VAI APRENDER, ALESSA, VAI SABER O QUE ACONTECE COM VADIAS TRAIDORAS COMO VOCÊ.

Dante saiu praticamente me arrastando pelos cabelos para o galpão no fundo da casa, o mesmo lugar que me torturou depois de Henrique ter me devolvido, ele fez exatamente igual da última vez, rasgou minhas roupas, me colocou sentada em uma cadeira com agulhas finas que perfuravam minhas pernas e bunda, amarrou minhas mãos e tornozelos, tentei ficar quieta para não ser furada mas era impossível.

Ele tirou seu terno e camisa ficando apenas com a calça social, Dante andava ao meu redor como se apreciasse me ver sentindo dor, sorria como um demônio tendo prazer de me ver assim, vulnerável e com medo. Pegou uma faca de açougue a amolando na minha frente, enquanto sorria percebendo meu medo e pavor, veio até mim passando a faca nas minhas pernas fazendo cortes enormes, chorava de dor implorando para parar, pedindo para acreditar em mim mas não adiantou.

Dante jogou vinagre em cima dos cortes enquanto gritava pedindo para parar, não suportava mais tanto que acabei urinando tamanha era dor que sentia, Dante observava com êxtase meu sofrimento, fechei meus olhos rezando para Deus deixar que ele acabasse com a minha vida pois não suportava mais a dor que sentia. Acabei perdendo a consciência mas logo Dante jogou água fria em mim para que voltasse e continuasse me torturando.

Ele gargalhava ao me ver acuada, soltou minhas mãos e tornozelos apenas para me ver tentar fugir, Dante tem prazer em brincar com minha mente enquanto me tortura, vou até o canto oposto do que ele está mas é inútil, Dante me persegue puxando meus cabelos, sobe em cima de mim estapeando meu rosto com uma luva cheia de espinhos, fecho meus olhos para não atingi-los, quando os abro novamente sinto a maldita dor da penetração forçada, ele entra e sai com força e brutalidade em minha intimidade, tento afastá-lo lutando pela primeira vez, não o quero, tenho nojo dele e do seu toque em mim.

- Se lutar, vai ser pior, vagabunda, fique quieta e me deixe terminar.

Os minutos pareciam eternos enquanto permanecia dentro de mim, não suportava mais queria que parasse mas sabia se pedisse não iria parar, começo a rezar para terminar com toda essa tortura quando finalmente acaba, Dante cospe em cima de mim como se fosse um monte de lixo, ele sabe como me fazer sentir a mulher mais suja do mundo, somente Fontana tem essa habilidade perversa.

- Vai ficar aqui para pensar um pouco nas suas atitudes burras, talvez amanhã tire você daqui, a partir de hoje não terá desculpas, se está bem e pronta para se oferecer a outros homens, está pronta para voltar a ser minha. Se perceber que está fugindo de mim, vou fazê-la sofrer como hoje ou até pior, não pague para ver, sua imunda.