Alessa, Nos Caminhos Da Loucura E Do Destino ( Concluído)

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Dante

Alguns dias depois

A boate está cheia hoje!

Homens e mulheres desfrutando com toda paixão de seus desejos ocultos ou expostos sem nenhum tipo de pudor, estou no meu quinto ou sexto copo de uísque mas de verdade não me importo tanto, a dançarina que me esforçava para lembrar o nome entrou no palco tendo a atenção de todos.

Seu olhar por trás da máscara não desviou da minha mesa, como se aquela apresentação fosse para mim e não para o público de hoje, seus movimentos me hipnotizava, não conseguia olhar para outra direção que não fosse a do palco, ela sorria enquanto rebolava ao ritmo da dança, os homens não tiravam os olhos dela como se estivessem enfeitiçados.

O poder de sedução que essa mulher tem é gigantesco, consegue conquistar a atenção de qualquer homem do mais jovem ao mais velho, os meus clientes já me procuraram muitas vezes e também a minha gerente e a Sebastian perguntando quanto seria uma noite com ela. A dançarina sempre rejeitou dizendo que não dormiria com homem nenhum se não quisesse, a grande maioria são homens consideravelmente ricos e atraentes a procurava mas ela simplesmente os ignorava.

Sei que ganha presentes, muitos inclusive. São roupas, sapatos e bolsas de marcas famosas como também joias. A mulher tem uma pequena fortuna com os presentes que ganhava no entanto sempre deixava os presentes guardados em uma espécie de camarim que foi montado por Sebastian para ela.

Seria um idiota se dissesse que ela não é bonita porque mesmo usando aquela máscara toda cheia de pedras e enfeites, dá para perder que é extremamente bonita, sua beleza chama a atenção dos homens, claro que desde o dia que ela veio para cá meu faturamento aumentou, Kalista também é responsável por isso, é uma excelente administradora por isso oferecia uma sociedade com ela, que aceitou na hora.

Há muito tempo, Kalista é uma excelente funcionária, reconheço que não dei os devidos créditos a ela e a Sebastian pela orientação sexual de ambos, Sebastian é gay e Kalista também. De um certo modo o que eles faziam em 4 paredes me incomodava sempre, fui um homem cheio de preconceitos e esses mesmos preconceitos me levaram a ruína de perder a minha família mas estou tentando mudar isso em mim.

Sempre fui um homem machista considerava o fato de ter Catarina como irmã uma grande merda, ela precisava da minha proteção e simplesmente a vendi como se fosse um objeto, hoje ela nem sequer pensa em me perdoar, parece sentir muito ódio, depois de tudo que fiz contra ela, não tiro sua razão. Também tinha preconceito contra etnias principalmente pelo fato de Alessa ter descendência cigana, poderia ter tratado ela melhor mas não fiz isso.

Desde muito jovem aprendi a sufocar qualquer tipo de sentimentalismo, pensava que se colocasse todos sobre o meu jugo teria controle como meu pai teve mas o interessante é que o meu pai levou uma rasteira da própria vida, me lembro bem quando a minha mãe morreu e ele perdeu o direito de enterrá-la, ele ficou tão revoltado parecia que mesmo muito rico já naquela época e influente dentro do conselho da família Albertini ele ainda era visto como um nada.

Ao meu ver quando Alessa começou a conviver entre as damas da família estando em alguns ambientes com elas e até mesmo quando a levei no noivado de Lídia e no casamento, a visão que eles tinham de mim que já era ruim ficou pior, a semelhança que eles faziam entre eu e meu pai era visível, sei que eles diziam entre eles como um torturador conseguiu uma mulher tão bonita, jovem, educada e principalmente tão dócil como Alessa.

Para eles merecia apenas meretrizes e mulheres sem valor, agora depois de tudo o que houve entendo que eles tinham razão, nem meu pai nem tampouco eu sabíamos a magnitude que uma mulher como Heloísa e Alessa possuíam, minha mãe era melhor que meu pai muito apesar de ter um histórico horrível e Alessa sempre será melhor que eu em muitos aspectos.