Alessa, Nos Caminhos Da Loucura E Do Destino ( Concluído)

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Alessa

O vestido era branco, mesmo estando guardado por tanto tempo não estava manchado ou com sujeiras aparentes, não gosto de festas, nem mesmo as do convento gostava e piorou se tratando de um jantar com Dário Albertini e sua família, jamais faria parte de sua organização, não faria sentido ir em eventos e festas deles, quando Dante avisou que iria nesse jantar resolvi assumir Cassandra poderia falar ou fazer algo que colocasse em risco nossa vida.

Desde da meu casamento com Cláudio, não deixo de usar meu anel, ele é tão lindo que fico emocionada todas as vezes que olhou para ele. Sei que pode demorar mas logo estarei ao lado de Cláudio de maneira definitiva, ninguém irá nos separar. Tenho medo de Dante e de suas maldades, Cassandra não deveria tê-lo enfrentado daquela maneira, se ele descobre sobre nós, não vai pensar duas vezes antes de matar Cláudio.

Saio do quarto indo para sala esperar por Dante, como queria que Camille fosse no meu lugar, seria um favor que me faria, essas pessoas vão fazer de tudo para me humilhar de todas as formas possíveis, acredito até que Dante está me levando por este motivo, para se vingar de mim por não dizer quem é o homem que estou apaixonada, quer me expor na frente de pessoas que com certeza vão me humilhar pela minha origem.

- Alessa, você está linda, realmente a modéstia na vestimenta lhe cai como uma luva.

- Agradeço, Jarbas. Mas gostaria de estar indo na missa agora do que ir nesse jantar com pessoas que com certeza fazem um péssimo juízo de mim, tomara que o festival de humilhações não demore muito, podemos esperar Dante no carro?

- Sim, não acredito que irá criar caso com isso, vai ser só um jantar com a família Albertini, apenas Dário, a esposa e os filhos, seria terrível se o velho Albertini estivesse, ele sim com toda certeza não perderia tempo para humilhar você.

Uma humilhação a menos ou a mais não vai fazer diferença na minha vida mesmo, não entendo porque Dante quis me levar já que sei da vergonha que acredito que vou passar a ele ou por exigência como mencionou quando me falou sobre esse jantar, de qualquer maneira, não quis discutir, resolvi ir sem retrucar para evitar a surra. Dante entrou no carro alguns minutos depois de mim, Cláudio estava no carro atrás do que estávamos, fiquei feliz por tê-lo comigo hoje mesmo que seja a distância.

Quando chegamos percebi como a mansão é bonita, com flores no jardim da frente como também as luzes iluminando tudo, fiquei admirada com cada detalhe da mansão, Fontana não segurou minha mão ou deu seu braço para entrarmos juntos, para qualquer um que olhasse poderia dizer que não viemos juntos, não que quisesse qualquer demonstração de afeto mas esperava que pelo menos fingisse.

A porta foi aberta por uma mulher muito bonita, ela nos recebeu com um sorriso mais lindo ainda, descobri ser Cecília Albertini, Dante parecia tentar ser agradável, para ele sei que é bem difícil. Estava tentando entender porque a dama mais importante da máfia estava me tratando bem, sem um olhar de desdém ou nojo como as outras damas que tive contato, talvez ela seja diferente mas não posso afirmar apenas com um sorriso e tratamento diferente.

- O jantar já vai ser servido, espero que gostem de uma comida caseira, não quis contratar uma empregada ainda, quero conhecer uma boa pessoa que além de me ajudar com a casa também possa me auxiliar com as crianças, logo não será apenas dois mas três.

Ela colocou a mão na barriga sorrindo, o sorriso de uma mãe ao falar dos seus filhos é a imagem mais linda que alguém pode ter o privilégio de ver. Dário chegou no mesmo instante de mãos dadas com duas crianças, um menino e uma menina, seus filhos que foram até nós nos cumprimentar. A família é bonita e aparentemente se amam muito, confesso que senti bem em estar em um ambiente familiar, sempre quis ter uma família assim mas ainda vai demorar muito para que possa ter uma família com Cláudio ou talvez nem tenha.