Capítulo 44

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Pov Sarah

Eu estava acabando de me arrumar para ir ao pub encontrar as meninas quando ouço meu celular tocar, vejo o nome de Ker no visor e tenho certeza que ela irá reclamar da minha demora. A culpa não é minha se fiquei presa em uma reunião.

- Sarah, fudeu. - é a primeira coisa que ela diz quando eu atendo a chamada, sua voz estava meia ofegante.

- Comi assim fudeu? O que aconteceu? - pergunto me preocupando.

- Juliette... - ela dá uma pausa me fazendo tremer, puta que pariu, o que aconteceu? - Descobriu que é adotada.

Me sento na cama ao ouvir e passo a mão em meus cabelos enquanto suspirava.

- E como ela reagiu? - pergunto me preocupando.

- Magoada pra caramba. - ela diz e suspira.

- Cadê ela?

- Não sei. - ela diz vagamente.

- Como assim não sabe? - pergunto me exasperando.

- Ela saiu muito descontrolada daqui da casa dela, e o pior, dirigindo. Não sabemos pra onde ela foi, Roberta tá faltando pouco infartar. - Ker diz em um tom preocupado. Por que você tem que ser tão complicada, família?

- Cuida de Roberta aí que que irei tentar falar com Juliette. - digo sabendo que que adiantaria nada eu ir para casa de Roberta, além de estar magoada com ela eu não queria ela nervosa por me ver lá.

- Não vai adiantar, o pai dela já ligou para ela que nem louco. - eu suspirei.

- Tá Kerline, vou dar um jeito de achar ela. - respondo sentindo o nervosismo tomar conta de mim.

Desligo a chamada e no mesmo segundo disco o número de Juliette, chamou, chamou, chamou mas ela nada de atender. Não sei quanto tempo fiquei assim tentando ligar para ela, mas não obtive nenhuma resposta.

Agoniada por não saber como ela estava me levantei tentando me lembrar o número do seguro do carro de Juliette, com certeza eles tinham algo para conseguir ver onde o carro estava.

Pesquisei o nome da seguradora de carros na Internet e ao achar-la liguei. Não demorei para ser atendida, porém foi outra ligação em vão, tentei ser o mais compreensível possível, porém eu não conseguia ficar calma não tendo notícias de Juliette. Para minha má sorte a seguradora não consegue olhar onde o veículo de Juliette está, apenas os clientes que quisessem tinham no carro rastreador, e Juliette não era essa cliente.

Eu estava sem saída, não havia nada mais que pudesse fazer. O pior é que a essa altura eu nem se quer consigo pensar onde ela possa estar, onde ela pode ter se metido.

{...}

Já fazia mais de doze horas que Juliette havia desaparecido, ainda não era o suficiente para entrar em alertar para polícia como desaparecida, mas isso não me impediu de usar meus contatos para tentar procurar por Juliette. O problema é que ela realmente havia sumido de mapa.

Não consegui dormir a noite com a chuva forte me lembrando do quanto ela tinha medo. Hoje eu nem se quer tentaria ir ao escritório com esse caos todo, Juliette é tudo para mim, não posso deixar ela simplesmente desaparecer assim.

Já passava de nove da manhã e eu me encontrava sentada no meu sofá com uma xicara de café na mão ouvindo um dos caras a quem pedi para procurar por Juliette dizendo que a cerca de uns quarenta minutos atrás seu carro havia passado até que enfim por uma câmera de segurança não muito longe de sua casa.

Isso me aliviou um pouco, porém não o suficiente, pois depois disso o carro não passou por mais nenhuma outra câmera. Como essa garota consegue escapar de todas as câmeras de vigilância da cidade?

Minha sobrinha. - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora