Capítulo 71- Crimes

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~Pov normal

Clay caminhava a passos largos pelos corredores da delegacia. O delegado havia chamado o detetive em sua sala com urgência, Clay não fazia ideia do que o aguardava, mas ele aproveitaria o momento para falar sobre o caso das cinco crianças desaparecidas. Ele precisava investigar a pizzaria novamente.

Burke bateu algumas vezes na porta da sala do delegado Peterson e no mesmo instante ele ouviu a voz do homem.

-Entre!

Clay obedeceu e Peterson olhou para ele enquanto dava uma última tragada em seu cigarro.

-Detetive Burke, sente-se. - ele indicou uma cadeira com a mão- eu tenho muito a conversar com você.

Mais uma vez o jovem obedeceu em silêncio. O delegado apagou seu cigarro em um cinzeiro que já estava praticamente cheio. Peterson brincou um pouco com as cinzas acumuladas no pequeno e imundo cinzeiro enquanto explicava.

-Bom, detetive Burkeeu sei que você tem se esforçado muito com o caso da Freddy's, mas temos que ser realistas, é quase impossível continuar nesse ritmo...

Burke arqueou as sobrancelhas, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Peterson continuou.

-Eu sei que soa cruel, mas o caso terá que ser arquivado.

Clay então questionou.

-Mas delegado, o que eu vou dizer para as famílias daquelas crianças?

Peterson suspirou.

-Ouça, Detetive, eu sei que você está fazendo todo isso por razões pessoais, mas você precisa ver a situação com olhar profissional... E aliás eu já tenho um outro caso para você- O delegado pegou uma pasta em uma gaveta- O caso de Bryan Pierce, o outro detetive desistiu da investigação.

O jovem detetive pegou a pasta a contragosto e perguntou, mesmo já sabendo a resposta de seu chefe.

-Então o caso da Freddy's será realmente arquivado?

Peterson apenas assentiu com a cabeça e Clay deixou a sala com um enorme sentimento de fracasso, afinal ele também tinha filhos e não imaginava perdê-los daquela maneira.

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Clay deu mais um gole em seu café enquanto ele olhava para a Freddy Fazbear's pizza através da janela do carro. Ao seu lado, no banco do carona haviam duas pastas, uma continha o caso de Bryan Pierce e a outra o caso da Freddy's, o detetive Burke não estava disposto a desistir daquele caso, seu filho Carlton era amigo de uma das vítimas e ele queria colocar o culpado por todas aquelas mortes atrás das grades, e o detetive estava decidido a fazer isso!

O homem saiu do carro em direção ao restaurante desviando de um grupo de crianças que já deixavam o local.

Assim Clay entrou na pizzaria, ele escolheu uma mesa e esperou até que uma das garçonetes surgiu.

-Bem vindo à Freddy Fazbear's pizza. O que você vai pedir?

Clay coçou o queixo.

-Bem... Eu queria conversar com o Sr. Emily...

A jovem garçonete ficou sem reação por um instante, mas logo falou.

-Tudo bem... vou ver o que posso fazer.

O detetive assentiu e agradeceu.

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No escritório, Henry e (S/n) já haviam vltado ao trabalho há algum tempo. O s dois organizavam os documentos para a nova pizzaria quando ouviram algumas batidas na porta. Os dois então falaram em uníssono.

-Pode entrar!

Uma das garçonetes abriu a porta quase tímidamente e (S/n) disse.

-Laura, aconteceu alguma coisa?

A jovem parada no beiral da porta assentiu.

-Sim, tem um policial que quer falar com o sr. Emily.

Henry arregalou os olhos e sentiu um turbilhão de pensamentos invadir sua mente, ele não queria que aquele pesadelo se repetisse outra vez em sua vida.

-Falar comigo?

Laura assentiu com a cabeça. Os olhos de Henry vagaram entre Laura e (S/n), ele parecia visivelmente perturbado, como se a presença do policial fosse um sinal de mal presságio. O homem soltou um suspiro.

-Tudo bem... Laura, pode chamá-lo, por favor?

Ela assentiu novamente e deixou a sala. (S/n) então, perguntou.

-Está tudo bem Henry?

Ele olhou para a garota com um olhar cansado.

-Não... Eu estou preocupado...- O dono da Freddy's fez uma pausa para limpar a garganta- (S/n), quando aquelas crianças desapareceram, William e eu fomos os primeiros suspeitos... Foi uma época complicada, todos olhavam para mim como se eu fosse um assassino... O mesmo acontecia com William, mas ele sempre foi mais comunicativo, então conseguiu lidar melhor com isso, William sempre sabia o que responder, mas o meu nervosismo e timidez me atrapalharam muito na época...

(S/n) se aproximou de Henry.

- Eu sei que nem você nem William fariam algo assim...

Nesse momento a porta se abriu e o detetive Burke surgiu.

-Boa tarde, Sr. Emily, posso entrar?

Henry assentiu.

-Boa tarde. detetive Clay. Claro, entre.

Clay deu alguns passos para dentro do escritório de Henry e seus olhos pousaram em (S/n) e o policial então falou.

-Boa tarde. Eu sou o detetive Clay Burke.

-Boa tarde. Meu nome é (S/n)(Seu sobrenome).

Eles se cumprimentaram e Clay se sentou em uma das cadeiras que ficavam diante da mesa de Henry. O dono da Freddy's olhou para ele com um preocupado e perguntou.

-Aconteceu alguma coisa, detetive?

Burke suspirou

-Bem, eu descobri algumas coisas sobre... O que aconteceu há dois anos...

-O que você descobriu? - Henry perguntou tentando esconder o nervosismo.

-Bom... Em uma das gravações daquela noite existe uma sombra que se parece muito com um dos personagens da pizzaria, mas essa sombra se movia como uma pessoa e não como um robô. -Ele fez uma breve pausa- E depois daquele acidente durante o Halloween, eu estive pensando. Sr. Emily, o senhor conhece alguém poderia ter usado aquela roupa no dia do crime.

Hnery ficou pensativo por um instante.

-Bem.. Detetive, eu projetei apenas duas fantasias como aquela... Uma para mim e outra para William, elas foram feitas sobre medida para nós dois.

Clay assentiu com a cabeça e perguntou.

-E essas fantasias estão aqui na pizzaria?

Henry meneou com a cabeça desviando o olhar do policial.

-Sim... Depois do acidente com William, eu as guardei em uma sala nos fundos, apenas William e eu temos acesso a essa sala.

O detetive se levantou.

-Posso vê-las?

O dono da Freddy's mais uma vez concordou.

-Tudo bem... Venha comigo.

Assim os dois homens deixaram a sala.

Come and see the show tonight- William Afton X reader (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora