Capítulo 51- Algo está errado

523 56 4
                                    


~(S/n)'s pov

Durante a noite não parava de pensar em William, ele havia estendido sua mão para mim antes de cair no chão... A cena se repetia em minha mente como um filme. Seu olhar aterrorizado por trás da máscara me assombrava.

Caí no sono por conta da exaustão. Assim me vi em um lugar totalmente escuro, conseguia ouvir alguns murmúrios. As vozes ao longe lembravam crianças chorando e sussurrando, não conseguia entender o que elas diziam, então falei.

-Quem está aí?

Os sussurros cessaram.

-Quem está aí? - Perguntei novamente, girando meu corpo em uma tentativa de enxergar algo naquele estranho lugar que cheirava a mofo.

Assim vi uma mancha em um tom de azul brilhante se formando, era como se aquela forma produzisse luz própria.

A estranha massa começou a ganhar forma de uma criança, seu rosto era pálido e tinha um ar choroso em seus olhos castanhos. Aos poucos percebi que se tratava de uma menina que aparentava ter pelo menos uns cinco anos. Suas feições eram familiares para mim.

-Charlie...-Sussurrei.

A criança assentiu e disse.

-Ele nos matou. Ele roubou as nossas almas...

-Como assim?

Assim que perguntei outras crianças surgiram nas sombras daquele estranho lugar e falaram em uníssono.

-Ele nos matou... Nos ajude... Nos salve...

As crianças tinham ferimentos espalhados por seus corpos. Elas repetiam aquelas palavras como se entoassem uma canção macabra enquanto se aproximavam de mim. Antes que pudessem me tocar acordei assustada, quase sem conseguir respirar. Olhei ao meu redor, o quarto começava a receber os primeiros raios de sol. Foi quando notei um par de olhos castanhos brilhantes que me encaravam imóveis, um rosto infantil surgiu. Por um instante imaginei se tratar de Charlie, mas depois notei os cachos perfeitos que emolduravam aquele rosto pálido.

Naquele instante apenas consegui soltar um grito a plenos pulmões.

Come and see the show tonight- William Afton X reader (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora