10 MESES ANTES.Eᴍ ᴜᴍᴀ ᴘᴇǫᴜᴇɴᴀ ᴄɪᴅᴀᴅᴇ, em um dia comum, Vance e Mary se conheciam novamente.
— Mãe, vou sair com Jack. Volto mais ou menos às 22:00h. — Avisou Mary.
— Tem certeza, filha? — Perguntou sua mãe.
— Sim, mãe. Tchau. Nos vemos depois.
— Tchau, Mary. Tome cuidado.Mary fechou a porta.
Quando saiu de casa, a garota bufou.
Sua mãe sempre reclamava quando ela a avisava que sairia com Jack.
Eles namoravam há dois meses, ela teria que aceitar em algum momento.
Mary avisou Jack mais cedo de que se encontraria com ele na lanchonete da cidade, mas ele não parecia ouvi-la.
Eles comemorariam o Dia dos Namorados juntos.
Ela caminhou até a lanchonete.
De longe, um garoto loiro se aproximava.
Ele vestia uma calça jeans, uma camisa branca e um colete jeans.
Ele parecia estar com pressa.
Mary sentiu seu corpo gelar.
Era Vance Hopper, o valentão da escola.
Todo mundo tinha medo de Vance Hopper.
A garota pensou em recuar, mas ele já estava perto demais.
Eles viraram uma rua e entraram no estacionamento da lanchonete.
A grande janela do estabelecimento fazia com que qualquer um do lado de fora pudesse ver as pessoas nas mesas do lado de dentro.
Vance levantou seu olhar até Mary, a analisando.
Mary sentiu suas pernas bambearem.
Vance olhou para dentro da lanchonete. Suas pernas pararam.
Mary o ignorou e continuou andando.
Ela olhou para dentro da lanchonete.
Um metro a frente, suas pernas também pararam.
Lá dentro, estava seu namorado.
Jack estava acompanhado de uma garota de cabelos loiros.
Eles sorriam felizes.
Mas poderia ser um engano.
Jack se esticou sobre a mesa e a beijou.
Não era um engano.Mary sentiu seu coração se despedaçando.
— Merda, Jack. — A voz chorosa.
— É. Que merda. Que merda, Ailyn! — Explodiu Vance.
— Você a conhece?! — Questionou Mary, furiosa.
— É a porra da minha namorada! — Berrou ele, apontando para os dois.
— Nem fodendo. — Ela murmurou.
Mary andou até a lanchonete. Vance a seguiu.
Ela estava furiosa.
Vance estava mil vezes mais furioso.
— Você está brincando com a minha cara, Jack? — Questiona Mary.
— Mary, o que você está fazendo aqui? Eu posso explicar. — Disse Jack, nervoso.
— E você? Hm? — Indagou Vance.
Nessa altura, todos olhavam para eles.
Todos.
— Amor, eu... Eu... — Ailyn tentou se explicar, falhando.
— Amor? Vai se foder, Andrews! — Esbravejou Vance, a chamando pelo sobrenome.
— Quer saber de uma coisa? Eu nunca te amei. — Jack cuspiu as palavras no rosto de Mary.
— Nunca mais olha na minha cara, seu babaca!
— Sinceramente, vocês dois se merecem. — Conclui Vance.
— Parabéns! Vamos, gente. Vamos bater palmas para o casal. — Mary bate palmas, Vance a acompanha.
Hopper começou a rir alto. Mary o olhou, ele parecia o Coringa.
Mary não conseguiu conter um sorriso.
Seu corpo estava quente.
Ela explodiria a qualquer momento.
Eles saíram da lanchonete, nervosos.
— Quer ir para outro lugar?
Mary se virou para ele.
A respiração de Vance saia quente de seus pulmões. O frio a deixava branca no ar.
Mary respirou fundo.
Não deveria aceitar.
Estava tarde demais.
Sua mãe ficaria brava quando ela chegasse em casa.
Mary decidiu tomar a decisão mais inteligente.
— Claro.
O garoto sorriu e começou a andar para longe. Ela o acompanhou.
Mary se virou para a lanchonete por uma última vez.
Jack e Ailyn discutiam do lado de dentro. Ele levava as mãos a cabeça. Ailyn apontava para os dois chorando. Mary riu.
Agora estavam sozinhos.
Eles saíram de casa para comemorar o Dia dos Namorados, e agora não existiam mais namorados.
Vance a levou até o fliperama.
Vance a ensinou a jogar Pinball.
Eles conversaram muito e descobriram terem muitas coisas em comum.
Eles pediram algumas comidas enquanto conversavam.
Eles nunca haviam conversado tanto.
No final da noite, Vance notara a beleza da garota.
Ela era engraçada, inteligente, bonita.
Certamente mais bonita que Ailyn.
Seus olhos brilhavam ao olhar para Mary.
Ele sentiu seu estômago revirar, de um jeito bom.
Mary sentia seu corpo inteiro fervendo.
Vance não era completamente assustador. Ele era legal, engraçado, gentil.
Ela nunca viu ele sendo assim com outras pessoas.
Vance Hopper tratava todos com grosserias e violência, mas não ela.
Foi simples assim.Eles se conheceram na noite do dia 14 de fevereiro.
Dia dos Namorados.
Eles caminharam até uma parte do fliperama que se parecia com uma discoteca.
Eles foram para a pista onde as pessoas andavam de patins
Havia música alta e luzes coloridas.
Eles dançaram muito.
Dançaram até seus pés doerem.
Não havia mais ninguém lá, apenas eles.
Eles se sentaram no canto da pista, as costas apoiadas na parede.
E lá, naquele momento, tocava Can't Help Falling In Love.
Mary apoiou sua cabeça no ombro de Vance.
Ela não notara, mas estava chorando.
Seu relacionamento estava lindo, e agora, ele não existia mais.
Vance percebeu que a garota soluçava. Percebeu que ela estava chorando.
Vance estava ao lado de Mary.
Maryann Blake.
Vance sempre gostou de Maryann.
Vance a amava desde o sétimo ano, mas Mary sempre estava com outro garoto.
Ela não recebia atenção de seu pai. Ela precisava de atenção, seja vinda do garoto que fosse.
Mary sempre gostou de Vance.
Mas desde que ele se tornou o garoto mais violento da escola, ela ficou assustada.
Tinha medo de chegar perto dele.
Os dois já haviam conversado no passado, mas nada importante.
— Você merece alguém melhor. — Murmurou ele.
— Sério? — Perguntou irônica. — Quem?
— Eu.
Mary o olhou, incrédula.
Vance levou suas mãos até o rosto de Mary e secou suas lágrimas.
— Vem. Vamos embora. — Chamou ele.
Ele se levantou e a ajudou a se levantar.
Ele disse aquilo como se não fosse nada.Mary o encarava enquanto eles andavam.
Ele não disse mais nada depois daquilo.
Mary se lembrou de gostar de Vance.
— Vou te levar para sua casa. Não pode ir sozinha até lá... Está tarde.
Eles caminharam até a casa de Mary.
Quando eles chegaram na porta, ela pegou sua chave.
— Eu... Deveria ir. — Diz ele, se virando para ir embora.
— Espere, Vance. — Ela vai atrás dele.
— O quê? — Questiona.
Mary segurou em seu rosto e o beijou, ficando na ponta dos pés.
O garoto levou sua mão até a vertebral da garota, a segurando.
O coração de Vance acelerou. Assim como o de Mary.
Eles nunca esperaram tanto por um momento.
Finalmente havia acontecido.
— Podemos nos encontrar de novo. — Comenta ela.
— Sim, sim. — Ele sorri levemente.
— Boa noite, Vance. — Ela o solta.
— Boa noite, Mary.
Mary entrou em sua casa.
Todos estavam dormindo.
A garota caminhou até seu quarto e fechou sua porta.
Ela estendeu seu casaco e se deitou em sua cama.
O coração estava acelerado, a boca seca.
Ela estava feliz, então se lembrou de Jack.
Em sua cabeça, ela estava errada.
Estava errada porque beijou Vance, mesmo que quisesse fazer isso há muito tempo.
Por que ele fez isso?
Ela não era uma boa namorada?
Não era Inteligente o suficiente?
Ela não era legal o suficiente?
Não era bonita o suficiente?
Ela começou a chorar.
Não.
Ele estava errado.
Ela tentava se convencer disso.
Em sua casa, Vance sorria para o vento.
Estava com raiva de Ailyn, mas não deixaria isso atrapalhar sua felicidade.
Ele pensava que talvez Mary se arrependesse de tê-lo beijado.
Não.
Ela nunca teria o beijado se soubesse que se arrependeria.
Ele tentava se convencer disso.
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𝐁𝐄𝐋𝐈𝐄𝐕𝐄 𝐔𝐒, Vance Hopper
Fanfic[+16] 𝐌𝐀𝐑𝐘𝐀𝐍𝐍 𝐁𝐋𝐀𝐊𝐄 acaba por presenciar o sequestro de seu colega de sala, Vance Hopper. Para manter seu testemunho em segredo, Maryann também é levada. Agora, ela precisa lutar por sua vida. - Plágio é crime! - Sem hots...