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Perdão pela demora esse capítulo tava muito pesado pra mim escreve rápido de mais, relutei muito pra não escrever mais fazia parte do contexto da história ver nossos protagonistas sofrer tanto

MARATONA 3/4❤️
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Maitê: Ele tinha de inveja do papai ... porque o papai tinha filhos com você, porque ele queria você apenas pra ele. O plano dele desde o começo era matar o vovô e o titio fafa porque eles nunca aceitariam que Belo tocasse em você ou te reprimisse, e depois mataria o papai, porque ele sabia que com o papai em jogo tu nunca ficaria com ele. Depois disso titio Kayo abandonou a carreira de jogador que faltava tão pouquinho pra alcançar o sucesso pra ficar no lugar do vovô como herdeiro, pra ficar mais perto de May e da bisa..... titio kay chora todas as noites e se culpa por não ter ficado do seu lado, por não ter brigado e insistido pra você sair daquela vida.- falou e vi kayo tão magrinho e com um fuzil nas costas cheirando pó, seu brilho no olhar tinha sumido.- Esse é o único jeito dele se sentir vivo, único jeito dele te ver.- não aguentei e cai no chão sentindo meu coração disparar, a falta de ar nos pulmões e meu corpo ficando frio.

Maitê: Respira, respira, sua alma está em estral mais seu corpo está em cirurgia... se fizer isso ele morre, e você não vai poder concertar isso, respira, 1.. 2.. 3.. vai respira.- respirei contando até dez, tudo foi se normalizando.- Pronta ?.- perguntou me olhando ela me trazia paz, seu toque me acalmava.

Emily: Sim, pronta.- falei limpando as lágrimas

Com uma piscada o cenário mudou de novo, dessa vez um hospital e Fafa estava entubado, ao lado de sua cama uma garotinha morena com os cabelos em um tom de mel com os olhos azuis piscina segurava sua mão chorando.

Maitê:  Titio Flávio tentou se matar e está em comam a 3 anos, deixando a mulher dele loira e sua filha de 7 anos que clama pelo pai... E a bisavô mamãe, ela tá tão mal, tão desgastada, tão mais tão mal. Por não conseguir viver seu luto pra não ver todos a sua volta sofrer mais, ela não vivia o luto por ter perdido seu filho único filho, o menino dela. Ela vivia com aquela dor no peito de ter perdido a única neta dela. A dor de ver Flavio naquele estado. A dor de ver a bisneta dela sobre tantos anos, tentando se matar a toda semana. A dor de ver seu bisneto desistindo da sua carreira e do seu sonho, para se afundar nas drogas e no tráfico, e uma dor maior ainda por saber que o próximo a ser morto por inveja do Belo, vai ser ele. Ela está tão mal com tudo isso, tão mal, que adquiriu um câncer de mama e não falo pra ninguém.- o cenário mudou pra cozinha da nossa casa.

E minha vó tão desgastada, debruçada sobre a mesa da cozinha com uma foto em suas mãos.. a foto de pra nossa família suas lágrimas rolavam.

A porta fez um barulho e ela assustada aguarda imediatamente a foto no bolso da calça, limpando as lágrimas e se levantando colocando um sorriso no rosto, foi até a porta receber May um abraço acolhedor.

Katia: Demorou minha pequena.- falou passando a mão no rosto dela, May sorriu sem mostrar os dentes.

May: Foi mal, demorei mais que o necessário no cemitério. Por incrível que pareça tem mais família nossa lá do que aqui...- falou comprimindo a boca e indo em direção a escada.

Katia: Vá tomar seu banho e desce pra almoçarmos, kay já está vindo.- falou sorrindo e May assentiu subindo as escadas, minha vó respirou fundo se debruçando sobre s mesa de novo.

Maitê: Vem..- me chamou e subimos a escada.

Vi May entrar no quarto da minha vó e pegar um papel lendo, ela começou a chorar muito.

May: Isso não pode estar acontecendo, porra Deus eu atirei pedra na cruz pra passar por tudo isso ? Filho da puta, o que eu fiz de tão ruim ?!.- ela puxou seis cabelos fazendo tufos sair em sua mão.

Emily: O que isso ?. Perguntei

Maitê: O exame que diagnosticou o câncer terminal da Bisa.- falou, May deixou o papel em cima da cama e abriu uma gaveta pegando uma cartela de remédios.

Eram sedativos, ela pegou e saiu do quarto da bisa. Entrou no quarto do kayo e foi até o banheiro perdido giletes....

Emily: Ela não vai fazer isso, né ? Ela não pode fazer isso....- falei já chorando.

Ela entrou no quarto dela pegou um caderno, uma caneta, e uma caixinha de madeira.. ela abriu uma gaveta da sua penteadeira e pegou uma chave, ela caminhou chorando até o meu a quarto e abriu a porta com a chave e caiu ajoelhada chorando.

Maitê: A 8 anos ela não conseguia entrar no seu quarto...- falou e eu tremia chorando, como eu queria pegar minha filinha no colo e cuidar dela.

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Único amor de um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora