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Perdão pela demora esse capítulo tava muito pesado pra mim escreve rápido de mais, relutei muito pra não escrever mais fazia parte do contexto da história ver nossos protagonistas sofrer tanto

MARATONA 1/4❤️
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Emily narrando....

Abri os olhos em um hospital, eu estava sentada com um curativo que sangrava no local onde eu havia tomado um tiro. Na hora as últimas lembranças tomaram lugar na minha mente, olhei tudo ao redor e achei estranho não ter ninguém ali.

Eu quase morri e cadê meus familiares ?

Me levantei e logo vi uma menininha correr na minha direção e abraçar minhas pernas, ela parecia ter uns 6 anos com um vestidinho branco rodado igual uma princesa.

Xx: aí que saudade!.- falou e eu olhei estranho sorrindo

Emily: Oi minha gatinha, você está perdida, cadê sua mamãe ?.- perguntei, não tinha visão de seu rosto pois seu cabelo cacheado cobria todo seu rostinho.

Xx: Não se lembra de mim ?.- Ela parou de abraçar minha cintura e me olhou me dando visão de seu rosto, era a cara do Thiago e May..- Você é a minha mamãe, já me esqueceu ?.- perguntou vi seu semblante triste e logo, um sorriso brotou.- Não tem problema mamãe, sei que você estava ocupada, vivendo.- falou e aquilo me apertou o peito.

Emily: Maitê ?.- perguntei espantada com tudo aquilo, ela sorriu mais ainda por eu ter lembrado e balançou sua cabeça.

Maitê: Você lembrou mamãe!.- deu pulinhos fazendo o babado do seu vestido balançar.

Emily: Que lugar é esse ? Onde eu estou ?.- perguntei ainda espantada.

Maitê: Não importa mamãe, você está segura comigo... foi o papai do céu que me mandou aqui pra te mostrar como vai ser o futuro daqueles que te amam, se você continuar nos caminhos em que está..- aquilo tudo estava sendo um baque pra mim, meus olhos se encheram de lágrimas que caíram.- Como eu queria que você ficasse aqui comigo, pra mim poder sentir seu toque todos os dias, pra te ter aqui, ter seus carinhos... mais aqui não é seu lugar ainda, não posso ser egoista com o papai e com a maymay.. eles precisam de você.- falou e eu olhei estranho

Emily: E cadê eles ?.- perguntei

Maitê: feche os olhos mamãe, só abra quando eu pedir, ok ? Você confia em mim ?.- perguntou e eu assenti

Emily: Confio.- falei ela me deu a mão, e me olhou até eu fechar os olhos.

Senti um frio bater sobre meu rosto como se estivéssemos indo contra ele, me mantive de olhos fechados por mais que eu queria abrir.

O vento cessou, e um cheiro de flores tomou conta do ambiente.

Maitê: Pode abrir, mamãe..- abri meu olhos e me espantei, estávamos na frente de um cemitério.

Emily: porq estamos aqui ?.- perguntei sem entender

Maitê: Preste atenção mamãe.- falou olhando pra frente, segui seu olhar vendo uma garota de aparente mente 12 anos descer de um ônibus.

A garota tinha o cabelo cacheado preso em um coque grande, era bem magrinha, ela estava com uma calça de moletom larga preta, e um blusão tbm de moletom preto. Vi ela jogar a mochila vermelha pra frente e tirar um cigarro acendendo e levando aos lábios, se aproximou de uma floricultura e falou um pouco com a atendente que a olhava com pena, pegou duas rosas brancas e veio atravessando a rua pra onde estávamos.

Ao levantar o olhar pra ver a rua eu tive visão de seu rosto, era Maya, seus olhos estavam fundos e seu rosto completamente magro.. eu conseguia ver o osso da sua clavícula daqui do outro lado da rua. Aquilo me assustou, parecia que ela tava doente, seus olhos não tinham mais brilho nenhum além de uma escuridão.

Maitê: Está reconhecendo ela mamãe ?.- perguntou e eu assenti ainda mantendo meu olhar em Maya, ela atravessou a rua e veio na minha direção eu ia sair da frente mais ela passou dentro de mim e aquilo me assuntou.

Olhei pra trás no impulso e ela não parecia ter sentido nada.

Maitê: Ela não nos vê, e nem sente a gente..- Falou caminhando atrás de Maya e eu fui junto.

Maya jogou a bituca de cigarro no chão e abriu a mochila se aproximando de um túmulo ela estendeu um pano e sentou em cima de dois túmulos abraçando os joelhos e se debulhando em lágrimas.

Ver a minha filha naquele estado doeu, doeu tanto.

Emily: Quem morreu ?!.- perguntei

Maitê: A pergunta não é essa mamãe. A pergunta é; "quem vai morrer ?".- olhei pra ela espantada.- Lembra quando eu te disse que isso vai ser o destino de todos aqueles que te amam, se continuasse nessa vida que está levando ?.- perguntou e eu assenti, sentindo meu peito apertar.- Então, Deus, me permitiu estar aqui pra te mostrar tudo isso, tudo que você não sabe que está abrindo mão estando naquela vida. Abrindo mão, não apenas da sua própria vida, mais afetando a de todos aqueles que te amam mais que tudo,  então ele me permitiu te mostrar...  então por favor aprecie cada detalhe, tudo que verás aqui com total atenção, porque essa será sua última chance, e se decidir voltar e fazer mesma coisa.. esse infelizmente vai ser o destino de todos!.- falou e eu assenti já começando a chorar

Maya: Eu não aguento mais, não aguento mais mamãe0...- ela falava baixinho enquanto chorava olhando pra minha fogo, aí eu desabei de chorar.

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Único amor de um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora