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Se não tiver voto, não mando capítulo!
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Thiago narrando...

Estava tudo perfeitamente bem até o primeiro surto no quarto, após eu colocar o chinelo errado. Confesso que me assustei com o gritão que ela deu, mais parei e semicerrei os olhos pra ela, eu não podia acreditar no que eu tava vendo.

Se for o que eu acho, ela tá tendo início de uma abstinência de drogas. Mais isso só seria possível se ela tivesse usado pó, isso só vai sair do organismos dela com muito mais muito esforço.

Descemos ela sorria normalmente, acho que deve ser coisa da minha cabeça. Povo foi cumprimentar ela e eu fui pra perto da churasqueira botando fogo num baseado, vi Boizão vir pra perto da churrasqueira com uma tábua pra cortar a carne.

Estranhei a falta de Luiza, pela área.

TH: Qualfoi, cadê Luíza ?.- perguntei soltando a fumaça

Boizão: Resolvemos que era melhor ela não vir hoje, pra evitar surtos da minha cria ciumenta.- falou e eu confirmei

TH: Ae, papo de homem, vai ser transparente no que eu te perguntar, né?!.- perguntei

Boizão: Que papo é esse agora, o que tá pegando ?.- Soltou o garfo preocupado vindo para o meu lado.

TH: No tempo que tua filha ficou lá no morro contigo, ela cheirou cocaina ?.- perguntei na lata mermo.

Boizão: Qualfoi, sou retardado não!.- falou puto

TH: Pois é, ela usou!.- falei jogando o baseado no chão e olhando pra ela aérea olhando pra parede, ele seguiu meu olhar.

Boizão: Como tem tanta certeza ?.- perguntou

TH: Ela surtou hoje mais cedo porque coloquei o chinelo errado no dedo dela, ela antes de sair do hospital amassou dois hambúrguer do bk o dela e o de Maya.. aí deu nem 20 minutos falou que tava passando mal de fome, agora todos foram comprimentes ela com mó sorrisão e ela nem sequer abraçou direito ou sorriu.- falei

Boizão: Eai ?!.- perguntou nem botando fé, fiquei cara a cara com ele.

TH: Eai ? Vi meu pai se afundar nessa porra, e quando tentou sair a abstinência era pior do que quando ele usava! A pessoa fica sem apatia, tem delírios, irritabilidade, agressividade, confusão mental, aumento de apetite, isso vai começar aos poucos. Essa droga é a segunda pior do mundo porra, pra sair desse vicio a pessoa tem que ter muita força de vontade e não se matar.- falei dando um tapa no peito dele.

Do nada começou uma gritaria na cozinha.

TZ: THIAGOOOOO!!!!.- Gritou e sem pensar duas vezes eu saí correndo pra cozinha, e lá estava ela transtornada.

Todas comidas e pratos estavam no chão, ela segurava firme seus cabelos quase arrancando da cabeça, seus olhos estavam dilatados e ela suava muito, agitada e olhando pra tudo ao mesmo tempo.

Emilly: EU QUERO SEGURAR A MINHA FILHA, TRÁS A MAITÊ, ELA NSO MORREU!!!!.- Confusão mental.- CADÊ O FLAVIOOO, TIRA ELE DA CADEIA, TIRAAAA..- Ela gritava e chorava

TH: Ainda acha que eu tô errado ?!.- perguntei olhando pro Boizão que olhava aquilo assustado.

Katia: O que tá acontecendo minha filha, calma.- falou e quando foi chegar perto dela, ela se afastou pra trás gritando.

Emilly: NÃO ENCOSTA EM MIM, EU NEM TE CONHEÇO!!!.- gritou

TH: Dona Katia, pega Maya e sobe para o quarto, Isso aqui não vai ser nada bonito de se ver!.- Ela fez o que eu disse e saiu chorando atrás de maya.- Kayo, corre na farmácia e compra sedativo, rápido!.- Falei e ele sumiu do meu campo de visão.

Boizão ia se aproximar e eu segurei seu braço negando.

TH: Ela não vai te reconhecer, deixa que eu vou.- Ele confirmou e eu fui andando na direção dela devagar, ela tampava os ouvidos e olhava pro chão.- Ei, tá lembrando de mim ?.- perguntei calmo ainda me aproximando, ela me olhou e por um momento sorriu.- Sou eu amor, o Thiago, sabe quem eu sou né ?.- perguntei sorrindo

Emilly: Como eu não lembraria de você.- falou e veio com tudo me abraçando.- Eu tava com tanta saudade... tá doendo tanto, meu corpo tá doendo, eu preciso, preciso daquilo. Se não eu vou morrer, eu juro que eu não queria mais, eu juro tanto, mais eu vou morrer sem.- falou ainda me abraçando forte.

TH: Você vai melhorar. Você quer melhorar, não quer ?!.- perguntei e ela assentiu chorando, ela tremia tanto

Emilly: Eu quero.- Falou chorosa

TH: Precisa de uma clínica de reabilitação, você topa ? Pela nossa família, você quer ?! Ninguém vai sair do seu lado, eu te prometo.- falei

Emilly: Eu preciso, muito. Eu só quero tirar essa agonia de mim, tira de mim, por favor....- Falou e ficou mole, não consegui segurar ela pelo mal jeito que eu abraçava ela.

Mais não deixei que ela caísse no chão, ajeitei meu corpo e coloquei ela deitada no chão aos poucos.

A família já tava em pânico, sem saber o que fazer vendo essa situação.

Ela começou a convulsionar.

TH: PEGA UM TRAVESSEIRO!!.- Gritei e logo Boizão apareceu com um.

Coloquei o travesseiro em baixo da cabeça dela, e virei ela de lado segurando seu corpo pra ela não se machucar.

Boizão: Porra, que merda eu fiz com a minha filha.- falou colocando a mão na cabeça chorando.

TH: Você não. Foi ele, é sempre ele por trás de todas as merdas!.- Olhei no fundo dos olhos dele ainda segurando ela.- Mais eu vou matar ele, nem que eu morra tentando, mais que eu levo ele pra sete palmos, eu levo! Porque o que ele fez a minha mulher passar, eu vou fazer ele passar em dobro, tu vai ver.- falei sentindo meus olhos se encheram de lágrimas, mais lágrimas de ódio.

Kayo: Aqui.- apareceu com a caixinha de remédio.

TH: Faz uma seringa aí, e tu liga pra clica de reabilitação aliada, fala que é urgente!.- falei apontando pra Talez chorando no canto da cozinha.- E parem de chorar, a gente precisa ser forte por ela, pra ajudar ela a passar por isso, não vai ser algo fácil de ver.- falei e todos assentiram, apliquei o sedativo e a convulsão foi parando.

Passei a mão nos seus cabelos cacheados, e aquilo me doeu.. ver ela naquele estado era de partir o coração.

TH: Você vai melhorar minha princesa, eu te prometo.- Falei me aproximando e beijando sua bochecha

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Se não tiver voto, não mando capítulo!

Único amor de um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora