Capítulo 121

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Luara 🦋


Paralisei ali, naquele momento tudo que eu conseguia sentir era medo e uma tensão muito grande que tomava conta de todo o ambiente.

Sentia ela com a arma colada na minha cabeça e não conseguia me mexer, ela num impulso empurrou minha cabeça com a arma e gritou comigo me fazendo assustar.

Let: Olha pra mim sua vagabunda, olha bem pra minha cara, achou mesmo que fosse fugir de mim para sempre? Achou mesmo que eu nunca fosse conseguir colocar as mãos em você?

Eu só me tremia, não conseguia ter reação nenhuma, permaneci parada sentindo a arma na minha cabeça, ela ficou enfurecida por eu não olhar para ela como ela me pediu.

Let: EU MANDEI VOCÊ OLHAR PARA MIM AGORA SUA VADIA DE QUINTA

Virei o rosto lentamente e pude ver ela me olhando com um olhar negro e cheio de ódio e rancor, ela continuava com a arma apontada pra mim só que agora para minha testa,permaneci sentada olhando pra ela.

Let: Você não sabe o prazer que é ter você nas minhas mãos, esperei muito por isso, é uma pena que o gostoso do teu marido não possa subir aqui porque aí a festa estaria completa, mas pode deixar que a hora dele se juntar a nós vai chegar.

Luara: O que você quer Letícia? O que foi que eu te fiz para você ter tanto ódio assim de mim? Digo o que foi que eu te fiz antes de eu obrigar você a sair do morro, eu até entendo você ter raiva de mim depois daquele dia mas antes disso não, antes disso tudo que eu fiz foi tentar ser sua amiga e tentar te ajudar da maneira que eu podia, não entendo porque você agiu dessa maneira comigo.

Let: Ah você não sabe o que você fez? Pois pode deixar que eu vou te relembrar passo a passo do porque eu odeio você e odeio tudo o que lembra você -ela me grudou pelo braço me fazendo levantar, colocou a arma na minha cabeça e foi me empurrando pra porta que dava na área de serviço do AP - você vai sair comigo quietinha, não vai dar um piu, vai agir naturalmente, qualquer movimento seu eu meto bala na barriga que carrega os dois bastardos tá entendendo?

Eu temendo pela vida dos meus filhos somente concordei com a cabeça e fui andando com ela que estava de braços dados comigo enquanto segurava a arma por baixo do casaco dela.

Saímos pela área de serviço do AP e fomos descendo pelas escadas, ela a todo momento soprava ao meu ouvido que não era para eu fazer nenhum movimento suspeito se não ela ia atirar nos meus filhos, tentei agir o mais natural que podia, na minha cabeça só passa que o Rhamon está lá fora agora esperando e ele não faz ideia do que está acontecendo aqui.

Assim que chegamos no térreo ela saiu pela porta onde jogam os lixos o que deu do outro lado da quadra, na rua de trás do prédio.

Já tinha um carro nos esperando, ela já tinha planejado tudo muito bem, conseguiu comprar até o dono do AP, eu bem que suspeitei a atitude dele, eu deveria ter confiado no meu instinto e não ter nem saído do morro, agora estou nas mãos dessa maluca indo lá pra Deus sabe onde.

Entramos no carro e ela foi sentada comigo no banco de trás, o tempo todo ela com a arma apontada para minha barriga e um rapaz dirigiu o carro indo para um lugar totalmente desconhecido por mim, ela não foi para nenhum morro, ela tá indo para o meio do mato, fora da cidade, um lugar que realmente eu não conheço mesmo tendo morado no Rio de janeiro a minha vida toda.

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